A líder da oposição, María Corina Machado, qualificou como “uma falta de respeito” a proposta feita pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Gustavo Petro, da Colômbia, para a realização de uma nova eleição na Venezuela.
Corina ressaltou que a oposição correu riscos no processo eleitoral realizado no último dia 28 de julho. Segundo ela, pela primeira vez nos últimos 15 anos, existem provas de que ganharam a eleição com o candidato Edmundo González.
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"Se não gostam do resultado de uma segunda eleição, vamos para a terceira? Para a quarta? Quinta? Vocês aceitariam isso em seus próprios países? Propor isso é desconhecer o que aconteceu em 28 de julho. É um desrespeito aos venezuelanos", destacou durante uma coletiva de imprensa.
A ideia proposta sobre a formação de um governo de coalizão também foi rejeitada por Corina. Para ela, esse modelo funcionaria somente entre grupos democráticos. "Não é o caso. Oferecemos incentivos, mas em uma transição democrática", disse.
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A oposição defende que seja implementado um processo de transição para um governo democrático, e ainda ofereceu, por exemplo, um "salvo-conduto" para que Maduro não seja preso após durante o período. Contudo, o presidente reeleito rejeita a medida.
Lula afirmou nesta quinta-feira (15), que não reconhece a declaração de vitória de Maduro nem a reivindicação de vitória de González, adversário pela oposição. Entretanto, o presidente fez questão de reforçar a importância da apresentação das atas com o resultado das eleições.
"Tem que apresentar os dados, agora, os dados têm que ser apresentados por algo confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele não mandou para o Conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele. Eu posso julgar a Justiça de outro país", afirmou.
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