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Baixo volume de chuvas leva ONS a recomendar antecipação do acionamento de termelétricas

A sugestão faz parte de um conjunto de medidas preventivas para garantir o fornecimento contínuo de energia.


21/08/2024 12h46

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou ao governo federal o acionamento antecipado de usinas termelétricas movidas a gás, em resposta ao baixo volume de chuvas registrado nos últimos meses, que tem comprometido os recursos hídricos disponíveis para as usinas hidrelétricas, especialmente na Região Norte do Brasil.

A recomendação foi feita na última terça-feira (20) e faz parte de um conjunto de medidas preventivas para garantir o fornecimento de energia durante os horários de pico nos próximos meses.

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A escassez de chuvas na Região Norte, considerada fundamental para o atendimento à ponta de carga, preocupa o ONS diante da proximidade dos meses de outubro e novembro, períodos de maior consumo de energia no país.

Para mitigar os riscos de desabastecimento, o órgão apresentou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), no início de agosto, diversas ações operacionais. São elas, conforme descrito pelo ONS:

  • - Minimizar o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte, para preservação dos recursos hídricos da região, já com vistas ao atendimento à ponta de carga nos meses de outubro e novembro;
  • - A maximização da disponibilidade de potência ao final do período seco, o que considera o adiamento de manutenções, quando possível, e a antecipação do retorno de ativos indisponíveis;
  • - Acionamento de usinas termoelétricas a GNL com despacho antecipado, como a antecipação para despacho da UTE Termopernambuco, já a partir de outubro de 2024.
  • - A ampliação do uso de ferramentas como os Mecanismos de resposta da demanda.

No entanto, o órgão enfatizou que não há risco para o abastecimento de energia e que o país tem capacidade para atender à demanda. “Não há problemas com o fornecimento de energia. O Sistema Interligado Nacional (SIN) possui recursos suficientes para garantir a demanda”, afirmou o ONS.

Em julho, a Aneel ativou a bandeira amarela pela primeira vez em 26 meses, resultando em um custo adicional de R$ 1,88 por 100 kWh consumidos. No entanto, em agosto, com a melhora nas condições para a geração de energia, a agência voltou a adotar a bandeira verde, eliminando o custo extra nas contas de energia.

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