Pavel Durov, fundador e presidente-executivo do Telegram, foi detido na França no último sábado (24) por não ajudar em investigações de crimes on-lines e financeiros que ocorrem no app de mensagens. O empresário foi preso assim que desceu do seu jato particular na pista do aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris.
Nesse domingo (25), uma pessoa próxima ao caso afirmou em condição de anonimato à emissora francesa TF1/LCI que Durov "permitiu que inúmeros crimes e delitos fossem cometidos em sua plataforma, sem que tenha feito nada para moderar ou cooperar".
Segundo a imprensa francesa, o fundador é suspeito de não tomar medidas para impedir o uso do Telegram para fins criminosos. A Justiça considera que a ausência de moderação e cooperação com as autoridades, em relação às ferramentas oferecidas pelo Telegram, torna Durov cúmplice de tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes.
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Em nota, o Telegram disse que "cumpre as leis da União Europeia, incluindo o Ato de Serviços Digitais, e que sua moderação está dentro dos padrões da indústria e está constantemente melhorando".
“O CEO do Telegram, Pavel Durov, não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa", afirma o comunicado. "É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma. Estamos aguardando uma resolução rápida desta situação”.
Emmanuel Macron, presidente da França, disse nesta segunda (26) que a prisão de Durov faz parte de um inquérito judicial sem motivação política.
"Nas redes sociais, como na vida real, as liberdades são exercidas dentro da lei para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais", escreveu Macron no X, denunciando informações falsas espalhadas sobre a prisão do dono do Telegram.
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