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Deolane Bezerra é processada por servidora que perdeu R$ 322 mil em apostas

Virginia Fonseca e Carlinhos Maia também são alvos de ação por suposta influência em site de apostas


11/09/2024 11h07

A servidora Arianny Rosa Pereira, de 31 anos, entrou com uma ação judicial contra os influenciadores Deolane Bezerra, Virginia Fonseca e Carlinhos Maia, após perder R$ 322.750 em um site de apostas.

Ela alega que foi influenciada pelas publicações dos três nas redes sociais, que promoviam apostas e exibiam ganhos substanciais, o que teria levado Arianny a acreditar que poderia obter resultados semelhantes.

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Arianny entrou com o processo no Tribunal de Justiça de Goiás, solicitando uma indenização de R$ 1,1 milhão. A ação foi protocolada pouco antes da prisão de Deolane Bezerra, investigada por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e promoção de jogos ilegais.

Segundo a servidora, os influenciadores, ao promoverem o site Esportes da Sorte, contribuíram diretamente para suas perdas financeiras.

"Vi primeiro pela página da Virginia Fonseca e, depois, com a Deolane Bezerra e o Carlinhos Maia, que apostavam e mostravam seus ganhos. Isso me iludiu, fazendo com que eu acreditasse que poderia acontecer o mesmo comigo", contou Arianny ao UOL. Ela afirmou ainda que estava passando por um momento de vulnerabilidade emocional, lidando com a perda de uma tia, depressão e problemas familiares, o que a deixou suscetível às influências.

A situação, segundo ela, teve um impacto devastador em sua vida pessoal e financeira. "Perdi todo o dinheiro que tinha e o do meu pai também. Fiz empréstimos, financiei um carro para pagar as contas e evitar perder nossa casa. Depois disso, tive problemas psicológicos, fiquei internada e até tentei suicídio", revelou.

O advogado de Arianny, Cícero Goular, destaca que o processo pode ser pioneiro no Brasil, ao responsabilizar influenciadores digitais por perdas relacionadas a apostas. "Até o momento, não temos conhecimento de outras ações semelhantes", afirmou. A estratégia jurídica do escritório busca responsabilizar tanto os influenciadores quanto as plataformas de apostas.

O caso chama atenção pelo possível precedente que pode abrir no país, diante da crescente influência das redes sociais e da promoção de jogos e apostas por figuras públicas.

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