Morreu nesta quarta-feira (11) o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori, aos 86 anos de idade. A morte foi confirmada pela filha Keiko Fujimori.

"Após uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Obrigado por tudo, papai", publicou Keiko em um comunicado assinado pelos outros quatro filhos do ex-presidente.

Fujimori descobriu em maio deste ano um câncer na língua.

Alberto Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000. Após apenas dois anos no poder, em 1992, deu um autogolpe e fechou o Congresso do país. Ao longo de seu governo, enfrentou denúncias de violações de direitos humanos e corrupção. Ele foi preso duas vezes por crimes contra a humanidade.

Em meio às denúncias, o Fujimori deixou o país em segredo em 2000 e se exilou no Japão, onde seus pais nasceram. Do país asiático enviou um fax com um pedido de renúncia.

O ex-presidente peruano permaneceu em autoexílio por sete anos até ser preso durante uma visita ao Chile. Com a prisão, foi extraditado de volta ao Peru. 

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No ano de 2009, Alberto foi condenado pela morte de 25 civis durante dois massacres executados pelo Exército peruano durante sua gestão. Ele permaneceu na cadeia até 2017, quando foi liberto por uma concessão de perdão por parte do governo. Mesmo com a decisão, a Corte Interamericana de Justiça revogou o perdão, fazendo com que o ex-presidente voltasse a ser preso.

No ano passado, Fujimori teve a prisão revogada pelo Tribunal Constitucional do Peru.

Em um comunicado oficial, o governo do Peru lamentou a morte do ex-presidente e desejou condolências à família.

"A Presidência da República lamenta o sensível falecimento do ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori. Nossas sinceras condolências à família, a quem acompanhamos em sua profunda dor. Que Deus o tenha em Sua glória e que descanse em paz", menciona o comunicado.

De acord com a imprensa peruana, o governo peruano deve prestar honras de Estado a Fujimori, "seguindo estritamente os protocolos estabelecidos pela chancelaria".

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