STJ nega habeas corpus e mantém prisão de Deolane Bezerra
Advogada foi presa em operação contra organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais
13/09/2024 10h44
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta sexta-feira (13) manter a prisão preventiva da advogada, empresária e influenciadora digital Deolane Bezerra.
A decisão foi tomada pelo desembargador convocado Otávio de Almeida Toledo, que rejeitou o pedido de liberdade com base em questões processuais. O magistrado argumentou que ainda cabe recurso na Justiça de Pernambuco, o que inviabiliza a análise do caso pelo STJ neste momento.
Na quarta-feira (11) , o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, também havia negado o pedido de soltura de Solange Bezerra, mãe dela. Até esta sexta-feira (13), Solange permanece detida na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife, enquanto a filha foi transferida para a Penitenciária de Buíque, no Agreste pernambucano.
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A defesa de Deolane solicitou ao STJ que fossem aplicadas outras medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, em substituição à prisão.
Os advogados alegaram que não há provas suficientes para justificar a manutenção da prisão preventiva e destacaram que ela tem uma filha de 12 anos que depende dela, além de contestar o fato do Ministério Público e a própria defesa não terem sido ouvidos antes da nova ordem de prisão, emitida na última terça-feira (10), o que é considerado desproporcional e ilegal por eles.
Deolane Bezerra foi presa no dia 4 de setembro, no Recife, durante a operação "Integration", que investiga crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Em uma carta publicada no Instagram, a influenciadora afirmou ser vítima de uma "grande injustiça" e negou ter cometido qualquer crime.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil tiveram início em abril do ano passado. Ao todo, foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba, Goiânia e um município em Minas Gerais. O nome dos outros investigados, no entanto, não foi divulgado.
A operação também resultou no sequestro de bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros que somam R$ 2,1 bilhões.
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