Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Montagem: Reprodução | Flickr Agência Senado, Eduardo Braga e MDB Nacional
Montagem: Reprodução | Flickr Agência Senado, Eduardo Braga e MDB Nacional

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (20) por corrupção os senadores Renan Calheiros (MDB - AL) e Eduardo Braga (MDB - AM), além do ex-senador Romero Jucá. Eles são acusados de favorecer e receber propina de uma indústria farmacêutica.

Após seis anos de tramitação, o relatório final do inquérito foi enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal, que encaminhou o material à Procuradoria-Geral da República. Agora, a equipe do PGR, Paulo Gonet, analisa o material para decidir se apresenta denúncia contra os senadores.

O inquérito indica que a Hypermarcas, que hoje se chama Hypera Farma, pagou cerca de R$ 20 milhões aos senadores para favorecer a empresa em um projeto de lei que tramitou no Senado em 2014 e 2015 sobre incentivos fiscais para empresas.

A PF ainda aponta que Renan Calheiros indicou um nome para a diretoria da Anvisa com o objetivo de auxiliar nos interesses do grupo empresarial dentro da agência.

Eduardo Braga, Renan Calheiros, e Romero Jucá, todos do MDB, foram indiciados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Por serem senadores, Calheiros e Braga têm foro privilegiado. Por isso, o indiciamento e a eventual denúncia seguirão tramitando no STF.

Como não tem mais mandato, as investigações sobre Jucá devem ser enviadas à Justiça Federal no Distrito Federal (primeira instância).

Leia também: Justiça Militar absolve policiais que amarraram homem negro suspeito de furto

Até o momento, a defesa de Renan Calheiros não se manifestou.

Em nota, a defesa de Jucá manifestou que repudia o indiciamento e que o inquérito é uma tentativa de criminalizar a política.

“O ex-senador Jucá colaborou de forma efetiva com a investigação, prestando os esclarecimentos devidos e colocando-se sempre à disposição da autoridade policial. Conquanto o inquérito esteja baseado apenas na palavra anômala e perniciosa do delator, optou a autoridade policial por indiciá-lo (...) é da natureza da função parlamentar a conexão com setores da sociedade, com empresários e grupos econômicos. Além do mais, contribuições legítimas para campanha política, dentro das regras eleitorais, com aprovação das prestações de contas do partido político pela justiça eleitoral, jamais podem ser consideradas como contrapartida de suposto ato de corrupção”, diz o comunicado.

A defesa de Eduardo Braga classificou as acusações como “ilações esdrúxulas sem amparo nos elementos constantes do próprio inquérito”.

“Há evidências claríssimas de que o parlamentar não manteve contato com o delator, que, além de mudar sua versão quatro anos depois, baseia suas declarações em mero ‘ouvir dizer’. Não tenho dúvidas de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal”, traz a nota.

Já a Hypera Pharma comunicou ao site da TV Cultura que “finalizou em 2020 apurações internas sobre irregularidades ocorridas entre 2013 e 2015. O assunto foi concluído mediante a celebração de acordo de leniência em 2022”.

Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta sexta-feira (20) no Jornal da Tarde: 

Leia também: Polícia Federal vai investigar quem usou o X de forma ilegal durante bloqueio