Seis pessoas testam positivo para HIV após transplantes de órgãos no estado do Rio de Janeiro
Medidas foram adotadas para garantir a segurança dos transplantados, e criou uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes afetados
11/10/2024 16h34
Seis pacientes que receberam transplantes de órgãos no Rio de Janeiro foram contaminados pelo vírus HIV, testando positivo após a cirurgia. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Inicialmente, a notícia foi divulgada pela BandNews FM nesta sexta-feira (11). De acordo com o governo, o erro ocorreu em dois exames realizados no PCS Lab Saleme, um laboratório privado contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender ao programa de transplantes.
Leia mais: 'Temos que tirar de alguém', diz Lula sobre proposta de imposto mínimo de milionários
A contaminação foi descoberta em setembro, após um dos pacientes transplantados, que recebeu um coração, apresentar sintomas neurológicos realizar exames e testar positivo para HIV. O paciente não possuía nenhum histórico anterior da doença.
A primeira coleta foi realizada em janeiro deste ano, quando amostras de outros órgãos doados pela mesma pessoa, como rins, fígado e córnea, foram analisadas pelo laboratório e deram resultado não reagente para HIV, segundo informações divulgadas pelo g1.
Leia mais: Romeiro de 76 anos morre atropelado por ônibus na Dutra
O laboratório passou por fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi interditado após a constatação de diversas irregularidades, como a falta de kits para realização de exames de sangue e a ausência de notas fiscais para a compra desses itens, o que levantou suspeitas. Com isso, os exames passaram a ser feitos pelo Hemorio.
Ao realizar a contraprova do material, foi identificado um resultado soropositivo. A SES-RJ rastreou os demais receptores e confirmou que os pacientes que receberam os rins também testaram positivo para HIV. A paciente que recebeu a córnea testou negativo, enquanto o paciente que recebeu o fígado faleceu pouco tempo após o transplante, mas sua morte não teria relação com o HIV, segundo informações divulgadas pelo g1.
Leia mais: Polícia encontra carros com granadas e explosivos ao lado de escolas no Rio de Janeiro
O laboratório privado teve seu serviço suspenso e foi interditado cautelarmente. A SES-RJ classificou o caso como “inadmissível” e instaurou uma sindicância para identificar e punir os responsáveis.
“O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a descoberta do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio”, informou o órgão.
REDES SOCIAIS