O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela soltura do ex-jogador Robinho. O placar do julgamento está 7 a 2 pela manutenção da prisão.
O STF já tem maioria para manter o ex-jogador preso.
Dias Toffoli acompanhou Gilmar Mendes ao votar pela soltura de Robinho.
Já o relator Luiz Fux votou pela manutenção da prisão, e foi acompanhado por Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
Faltam apenas os votos dos ministros Flávio Dino e Nunes Marques.
Robinho está preso desde março em Tremembé, no interior de São Paulo. Ele cumpre a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo a que foi condenado na Justiça da Itália. O crime aconteceu em uma boate em Milão, em 2013.
Em setembro, a análise dos pedidos foi suspensa após um pedido de vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso, do ministro Gilmar Mendes.
O julgamento ocorre em plenário virtual. Nesta modalidade, os ministros apresentam seus votos por meio do sistema da Corte.
Entenda o caso
Robinho foi condenado em todas as instâncias da Justiça italiana e teve a extradição solicitada pelo Ministério Público de Milão. Entretanto, a Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos natos para cumprimento de pena em outro país.
Em março, por nove votos a dois, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a homologação da pena da justiça italiana no Brasil. Em seguida, estabeleceram que a prisão imediata deveria ser imediata, e Robinho foi preso no dia seguinte.
De acordo com a acusação, Robinho e mais cinco brasileiros, dentre eles o amigo do jogador Ricardo Falco, praticaram atos sexuais em grupo com uma mulher albanesa desacordada em uma boate italiana em 2013. Ele atuava pelo Milan na época.
O atacante declarou em seu depoimento, no ano de 2014, que se relacionou sexualmente com a mulher em questão, mas afirmou que o ato foi consensual e sem a participação de outras pessoas.
Uma das gravações interceptadas pelas autoridades italianas mostram o brasileiro Jairo Chagas, também envolvido no caso, dizendo para o atleta que viu ele “colocando o pênis dentro da boca” da jovem. Chagas mudou o depoimento para as autoridades e foi condenado por falso testemunho.
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