Cerca de 43,9 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfão de pelo menos um dos pais por ano no Brasil desde 2021. Os dados inéditos foram divulgados pelos Cartórios de Registro Civil.
Em entrevista para a TV Globo, Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), explicou que apenas a partir de 2021 foi possível cruzar dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com os de nascimento dos filhos.
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Até a metade de 2019, não era obrigatória a inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento dos filhos, o que dificultava a mensuração de órfãos até 2021.
O levantamento aponta que a Covid deixou, desde 2019, 13.808 crianças órfãs de pelo menos um de seus pais no Brasil. Se forem consideradas doenças correlacionadas ao coronavírus no período, o número pode chegar a pelo menos 23.612.
Ainda segundo o estudo, ao menos 188 crianças perderam tanto a mãe quanto o pai em razão da doença, número que pode ser ampliado a 340, se forem considerados óbitos de doenças à época relacionadas com a Covid. Os dados do levantamento ainda apontam um reflexo no número de órfãos por Infarto, AVC, sepse e pneumonia.
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