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Mesmo com Black Friday, vendas no varejo caem 0,4% em novembro, segundo IBGE

Recuo foi impulsionado pelo setor de móveis e eletrodomésticos


09/01/2025 12h52

As vendas no varejo brasileiro registraram queda de 0,4% em novembro de 2024 em comparação com o mês de outubro, quando houve alta de 0,4%.

O resultado, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo da expectativa do mercado, que projetava uma retração de 0,2%.

Apesar da retração pontual, o setor acumula crescimento significativo no ano: alta de 5% de janeiro a novembro e avanço de 4,6% nos últimos 12 meses. Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, os dados refletem um cenário de estabilidade no varejo ao longo de 2024, com resultados dentro da faixa de -0,5% a +0,5% em cinco dos últimos sete meses.

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Setores com maior impacto

Dos oito grupos pesquisados, cinco registraram quedas em novembro, com destaque para:

  • Móveis e eletrodomésticos (-2,8%), maior impacto no resultado geral, influenciado pela antecipação de promoções da Black Friday em outubro (+7,8%);
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,2%);
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%).

Já entre os setores que cresceram, destacam-se:

  • Equipamentos de escritório, informática e comunicação (+3,5%);
  • Combustíveis e lubrificantes (+1,5%);
  • Tecidos, vestuário e calçados (+1,4%).

Comércio varejista ampliado

No comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo — as vendas recuaram 1,8% de outubro para novembro. Enquanto veículos e motos caíram 7,6%, o segmento de material de construção registrou retração de 1,4%.

Na comparação com novembro de 2023, o varejo avançou 4,7%, com destaque para os setores de artigos farmacêuticos (+10,2%), tecidos, vestuário e calçados (+8%) e supermercados (+5,4%). Entre as unidades da federação, 26 das 27 registraram alta, com destaque para Roraima (+14,9%), Rio Grande do Sul (+11,6%) e Amapá (+10,5%).

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