Em 2025, o verão se estende até o dia 20 de março, e com ele, o desejo de ganhar uma corzinha a mais surge entre a população, no entanto, apesar de muitas vezes parecer inofensivo, principalmente, em dias nublados, o sol conceder mais que um bronze aos banhistas.
Além de favorecer problemas como queimaduras, câncer de pele e envelhecimento precoce, a exposição excessiva à radiação solar pode provocar insolação, uma condição séria provocada pelo excesso de sol e calor.
Ela ocorre quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar. O quadro demanda atenção especial, já que ocasiona em perda de água, sais e nutrientes importantes para a manutenção do equilíbrio do organismo.
Leia também: Governo de SP lança Plano de Contingência da dengue, chikungunya e Zika
As causas podem variar, no entanto, entre as mais comuns, estão: ficar muito tempo exposta ao sol, realizar atividades físicas intensas em ambientes quentes, desidratação, uso de roupas inadequadas e permanência em locais abafados.
Febre alta, confusão mental, dor de cabeça, pele quente e ressecada, fraqueza intensa, náuseas, vômitos e taquicardia são os sintomas mais frequentes. No entanto, muitos ainda carregam a dúvida, quando procurar ajuda médica?
Em entrevista ao site da TV Cultura, Camilee Tostes, dermatologista e alergista do Instituto Nutrindo Ideais, ressalta que ao apresentar sintomas sistêmicos, a procura por atendimento hospitalar imediato é essencial, como em caso de confusão mental, perda de consciência, convulsões, febre persistente acima de 40°C, falta de suor, dificuldade para respirar, vômitos ou diarreia intensa, especialmente em idosos, crianças ou pessoas com doenças crônicas.
O que fazer ou não?
Ao identificar os primeiros sinais de insolação não se deve tomar banho em uma temperatura muito gelada, pois a ação pode causar choque térmico.
Se expor novamente ao sol ou ficar em locais quentes também não é indicado, assim como administrar medicamentos para febre, como antitérmicos, por não serem eficazes contra a insolação e poderem mascarar sintomas.
Por outro lado, no entanto, a especialista afirma que refrescar o corpo e evitar roupas pesadas pode ajudar a aliviar o quadro. Hidratar-se com água e bebidas isotônicas para repor líquidos e sais minerais, além de utilizar um bom hidratante para regenerar a barreira cutânea também é aconselhado.
Quais medidas podem evitar uma insolação?
O primeiro passo para não desencadear a reação grave e perigosa à exposição excessiva ao sol é entender que a proteção solar é fundamental.
“É indicado o uso de protetores solares com FPS adequado - mínimo 30 - com reaplicação de 2 em 2 horas em caso de exposição prolongada. Além disso, usar chapéus, viseiras e óculos escuros, além de evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa”.
A sugestão da dermatologista é se planejar para fazer exercícios físicos em horários mais frescos e hidratar-se com água ao longo do dia, ingerindo no mínimo 2 litros por dia, principalmente em dias quentes ou durante atividades físicas.
O diagnóstico e o tratamento
Com diagnóstico clínico, baseado nos sintomas e no histórico de exposição ao calor intenso, o tratamento é focado em reduzir a temperatura corporal. Isso inclui resfriamento imediato com compressas e banhos com temperatura natural a fria.
“A hidratação é fundamental e pode ser feita por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade”, esclarece Tostes.
Leia também: TV Cultura exibe documentário "Aborto dos Outros", neste domingo (19)
REDES SOCIAIS