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Eleições 2022: PF indicia mais ex-integrantes da PRF por tentarem impedir deslocamento de eleitores

Inquérito reúne indícios de crimes como desobediência e restrição ao exercício do voto; PGR decide sobre o caso


22/01/2025 10h21

A Polícia Federal (PF) indiciou quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles são acusados de tentar dificultar ou impedir o deslocamento de eleitores potenciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação em 2022.

O indiciamento se trata do momento em que a PF envia as conclusões de uma investigação para as próximas etapas. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e depois à Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir se denuncia os citados, pede mais investigações ou arquiva o caso.

Isso ocorreu em dezembro de 2024, no entanto, as informações não haviam sido divulgadas. As conclusões foram reveladas nesta quarta-feira (22) pelo UOL.

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Saiba quem são os envolvidos:

Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-superintendente da PRF no Rio Grande do Sul;

Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência substituto;

Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;

Adiel Pereira Alcantara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF.

Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também foi indiciado.

No inquérito, a PF apresenta indicações de que os cinco cidadãos praticaram os crimes de:

desobediência;

prevaricação (quando um agente público desrespeita a lei ao agir ou se omitir);

restrição ao exercício do direito do voto;

participação (por omissão) no crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Em agosto de 2024, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e quatro policiais federais foram indiciados – todos, por tentar impedir o deslocamento de eleitores aos locais de votação no dia 30 de outubro de 2022, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto. Na véspera, Torres declarou voto no então presidente.

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