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Reprodução/Instagram @elsalvador
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Mauricio Funes, ex-presidente de El Salvador (2009-2014) e primeiro líder de esquerda do país, faleceu na última terça-feira (21), aos 65 anos, na Nicarágua, onde vivia asilado desde 2016.

A morte foi confirmada pelo Ministério da Saúde nicaraguense, que informou que o político faleceu às 21h35, horário local (0h35 no horário de Brasília), devido a uma "doença crônica grave", sem especificar a causa.

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Jornalista de formação e conhecido por sua atuação incisiva na televisão, Funes chegou à Presidência em 2009, encerrando duas décadas de governos da direita representada pela Aliança Republicana Nacionalista (Arena). Durante seu mandato, promoveu programas sociais e pediu desculpas, em nome do Estado salvadorenho, pelas mais de 75 mil mortes causadas durante a guerra civil (1980-1992).

No entanto, o legado do ex-presidente foi abalado por diversas acusações de corrupção. Ele fugiu para a Nicarágua em 2016 após ser acusado de desviar US$ 351 milhões (R$ 2,12 bilhões). Em 2019, o governo de Daniel Ortega lhe concedeu cidadania nicaraguense, impedindo sua extradição, conforme previsto na constituição local.

Funes enfrentava cinco processos criminais em El Salvador e foi condenado à revelia em dois deles, ou seja, não apresentou defesa no processo legal, mesmo após ser notificado. Em 2023, recebeu pena de 14 anos de prisão por vínculos com organizações criminosas e omissão durante uma trégua com gangues. No ano seguinte, foi condenado a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro ao favorecer uma empresa guatemalteca em uma licitação de obras públicas, recebendo, segundo a Procuradoria-Geral da República salvadorenha, um avião em troca do favorecimento.

Além dele, pessoas próximas também foram condenadas por crimes de corrupção. Sua ex-esposa, a brasileira Vanda Pignato, recebeu pena de três anos de prisão em 2024, em um caso relacionado a desvios bilionários. Outros três ex-funcionários de Funes, incluindo seu sogro Juan Guzmán, também foram sentenciados a penas entre oito e 14 anos de prisão.

O ex-presidente salvadorenho deixa um legado político controverso e uma família marcada por perdas e escândalos. Durante a guerra civil, ele perdeu o irmão mais velho, Roberto, um líder estudantil assassinado em 1980. Formado pela Universidade Centro-Americana dos Jesuítas, Funes governou sob a bandeira da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), sendo uma figura central na história recente de El Salvador.

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