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O novo boletim InfoGripe, divulgado na quinta-feira (30) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para o alerta que é feito há algumas semanas para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em estados das regiões Norte e Nordeste.

A análise referente à Semana Epidemiológica (SE) 4, período de 19 a 25 de janeiro, destaca que, diferentemente da influenza e do vírus sincicial respiratório (VSR), a Covid-19 não tem sazonalidade. Portanto, o crescimento geralmente está associado ao espalhamento de uma nova variante, que pode ser mais transmissível e/ou consegue escapar da proteção imunológica.

O crescimento se mantém essa semana, principalmente entre a população mais velha. No entanto, no Ceará houve uma diminuição no número de ocorrências. Em outros estados, como Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe, constata-se uma desaceleração do aumento.

Por outro lado, Roraima tem apresentado um aumento de SRAG entre as crianças pequenas de até dois anos. Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, ainda não foi possível identificar o vírus responsável.

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“É bom a gente ficar alerta, já que isso pode ser um sinal de início de temporada do vírus sincicial respiratório no estado. Além disso, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A vacina não impede a infecção contra o vírus, mas protege contra as formas mais graves e óbitos da doença”, destaca.

No agregado nacional, há sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade ou oscilação na de curto prazo (últimas três semanas). De acordo com a atualização, nove UFs apresentam crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Amapá, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Entre as capitais, oito têm sinal de aumento nos casos de SRAG: Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), e Teresina (PI).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de:

7% para influenza A;

3.5% para influenza B;

11,4% para VSR;

19,9% para rinovírus;

51,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 5,6% para influenza A, 2,4% para influenza B, 2,1% para VSR, 7% para rinovírus e 787% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

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