O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados neste sábado (1º). Ele foi eleito com 444 votos dos 513 senadores que compõem a Casa.
Ele é o mais jovem a ocupar o posto na história da Casa, com 35 anos. O parlamentar ficará no cargo até 1º de fevereiro de 2027.
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Motta era o favorito de Arthur Lira (PP-AL) para assumir o cargo. Além da aprovação do então presidente da Casa, o político contou com o apoio de 18 dos 20 partidos da Casa.
Apenas a federação PSOL-Rede e o Novo não apoiaram o nome Hugo Motta. Na eleição, Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 votos e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) 22 votos.
Ao todo, 499 deputados votaram, dois votaram em branco. O Novo tem quatro deputados e o PSOL possui seis cadeiras.
No primeiro discurso como presidente da Câmara, Hugo Motta reforçou a importância da democracia e estabilidade econômica.
"Faço um apelo, vamos deixar o Brasil passar. Não se pode mais discutir o óbvio. nada pior para os mais pobres do que a inflação e a instabilidade na economia [...] Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas e políticas econômicas. Defender estabilidade econômica é defender a estabilidade social.", disse.
Além disso, ele segurou um exemplar da Constituição, replicando o gesto de Ulysses Guimarães ao promulgar a Carta, em 1988.
"Não posso deixar de lembrar e emocionar que essa é a cadeira do pai de nossa Constituição, Ulisses Guimarães. Assumo a presidência da Câmara dos Deputados com três compromissos, três únicas prioridades: servir ao Brasil, servir ao Brasil, servir ao Brasil", ressaltou.
O parlamentar ainda fez uma defesa da força do parlamento. "Não existe ditadura com parlamento forte. O primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar todos os parlamentos. Por isso, temos de lutar pela democracia. E não há democracia sem imprensa livre e independente. Quero aqui agradecer e parabenizar a todos os jornalistas presentes nesse sábado".
Hugo Motta também falou sobre a harmonia entre os Três Poderes.
"Poderes têm a obrigação de não apenas serem independentes. Mas de zelarem pela harmonia. Porque sem harmonia, que muitas vezes se traduz na autocontenção, na compreensão de que nenhum poder pode tudo e que todos, somente todos, podem representar na totalidade a democracia, sem harmonia a democracia pode ser irremediavelmente fraturada. Serei um guardião da independência e uma sentinela permanente pela harmonia", afirmou.
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