O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) um decreto impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio a partir de 4 de março.

A medida já havia sido antecipada pelo presidente no último domingo (9), durante sua viagem a Nova Orleans para assistir ao Super Bowl.

Leia mais: Como tarifas de Trump sobre alumínio e aço impactam o Brasil

A decisão faz parte de uma das principais promessas de sua campanha: taxar produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana. A medida deve causar impactos significativos no setor siderúrgico de países como México, Canadá e Brasil.

“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos agir para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e da produção nos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, disse Trump.

Leia mais: Carteira de Identidade Nacional já foi emitida por mais de 20 milhões de brasileiros, diz ministério

A medida pode afetar fortemente a indústria brasileira, já que o Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, segundo dados do Departamento de Comércio norte-americano.

Em 2024, o Brasil enviou 4,49 milhões de toneladas líquidas de aço aos ameericanos, um crescimento de 14,1% em relação a 2023, segundo o American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço).

Leia mais: Brasil aguarda 'decisões concretas' dos EUA para se manifestar sobre tarifas, diz Haddad

Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas semelhantes: 25% sobre a importação de aço e 10% sobre a de alumínio. À época, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a taxação levaria ao desligamento de fornos e a demissões.