A Polícia Federal realizou a operação batizada de "Emenda-Fest", que apura o desvio de dinheiro de emendas parlamentares. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.
Os agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal em Brasília, e em mais cinco cidades do Rio Grande do Sul: Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado.
A investigação apontou que emendas destinadas pelo gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT - RS), teriam sido negociadas pelo assessor Lino Furtado. Segundo a polícia, pelo menos um milhão de reais foi enviado ao hospital Ana Nery, da cidade de Santa Cruz, a pouco mais de cem quilômetros de Porto Alegre. Os agentes descobriram que o esquema previa uma espécie de contrapartida de 6% do valor da emenda liberada.
Durante as buscas, os agentes encontraram R$ 350 mil em dinheiro vivo e celulares que estavam escondidos no forro do escritório de um dos alvos da operação
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Além de autorizar a operação, Dino determinou o afastamento do assessor do deputado e de um diretor ligado ao governo do estado do Rio Grande do Sul.
Mesmo tendo sido citado no inquérito, Motta não foi alvo da operação. A polícia investiga se ele tinha conhecimento do suposto esquema. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos - PB), disse que acompanha as investigações
Afonso Motta garantiu que não tinha conhecimento de nenhum esquema criminoso.
"Não houve nenhuma relação que tivesse essa natureza ou esse tipo de envolvimento, sempre com muita consideração e sabendo das necessidades desses hospitais, nós fizemos a indicação dessas emendas”, declarou.
Procurado pela produção do Jornal da Cultura, o assessor Lino Furtado não foi encontrado.
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