Nísia Trindade foi demitida do comando do Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira (25) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quem assume a pasta é Alexandre Padilha, que deixa o cargo de ministro das Relações Institucionais.
A saída de Nísia já havia sido decidida na semana passada, mas o presidente Lula adiou o anúncio enquanto definia outros detalhes de uma reforma ministerial. O vazamento da informação sobre a mudança na Saúde acentuou o desgaste da ministra, que havia sofrido cobranças públicas do petista.
Hoje, logo após uma cerimônia no Palácio do Planalto para a assinatura de acordos para produção de insulina e vacinas, entre elas a da dengue, a então ministra se reuniu com o presidente para discutir a situação e foi comunicada da demissão. Durante o evento desta terça, Nísia foi bastante aplaudida.
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Ex-presidente da Fiocruz, Nísia Trindade foi a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde. A gestão dela foi marcada pela reconstrução de políticas públicas e por pressões: do Centrão, que cobiçava a pasta; da oposição, que criticou o aumento dos casos de dengue no país; e do próprio presidente, insatisfeito com a falta de uma marca no setor.
Médico e filiado ao PT, Padilha já comandou a pasta na gestão de Dilma Rousseff (PT). A posse do novo ministro está marcada para 6 de março.
A movimentação abre uma vaga na Esplanada para articulação política. O PT e o Centrão estão de olho no cargo, responsável pela interlocução do governo com o legislativo.
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