Lucro dos planos de saúde quintuplica em 2024, segundo ANS

As operadoras de planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 10,2 bilhões em 2024, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta terça-feira (18).

O número representa um crescimento de 429% em relação ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 1,926 bilhão.

Leia mais: Com queda expressiva no número de coletas, Fundação Pró-Sangue necessita de doadores com urgência

Este é o melhor resultado dos planos de saúde desde 2020, início da pandemia da Covid-19. Naquele ano, o lucro foi de R$ 17,6 bilhões.

Somados os resultados dos planos odontológicos e das administradoras de benefícios ao das operadoras médico-hospitalares, o lucro do setor teve um rendimento de R$ 11,07 bilhões.

O número de beneficiários de planos médico-hospitalares também cresceu, de 50 milhões para 50,2 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2018.

“Os dados de 2024 refletem um setor que se reequilibra financeiramente após os desafios dos últimos anos. A recuperação do resultado operacional das operadoras médico-hospitalares e a estabilidade dos rendimentos financeiros indicam um ambiente mais sustentável”, analisa o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

Por outro lado, os dados mostram um crescimento em relação ao número de reclamações dos consumidores à ANS. No ano passado, foram registradas 375.788 notificações de intermediação preliminar (NIP). Desse total, 103.464 sobre regras de acesso ao atendimento; 64.721, sobre reembolso; 55.788, sobre de atendimento; havendo ainda um número crescente de queixas sobre rescisão contratual, que somaram 24.419 queixas. O número de reclamações sobre mensalidades e reajustes passou de 15.580, em 2023, para 20.587, no ano passado.

O levantamento revela ainda que convênios odontológicos apresentam estabilidade. O lucro da modalidade cresceu apenas 2,3% no ano passado, de R$ 652,8 milhões para R$ 667,9 milhões.

Veja os dez maiores lucros de planos de saúde, segundo a ANS

1) Seguradora SulAmérica - R$ 2,1 bilhões

2) Seguradora Bradesco Saúde - R$ 1,5 bilhão

3) Medicina de grupo NotreDame - R$ 850 milhões

4) Medicina de grupo Hapvida - R$ 785 milhões

5) Medicina de grupo Amil - R$ 620 milhões

6) Cooperativa Unimed Belo Horizonte - R$ 390 milhões

7) Seguradora Porto Seguro - R$ 349 milhões

8) Seguradora Unimed - R$ 312 milhões

9) Medicina de grupo Samedil (MedSênior) - R$ 297 milhões

10) Medicina de grupo SulAmérica - R$ 259 milhões