Após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (2), de que taxaria em altas porcentagens produtos de outros países, o dólar e as ações mundiais apresentaram forte queda pela manhã desta quinta (3).
Diante das novas taxações do presidente, o mercado financeiro global demonstrou enorme aversão ao risco, através de recessões econômicas, já que as medidas de Trump foram mais agressivas do que o esperado.
Entre as tarifas mais severas, a China terá seus produtos exportados para os EUA taxados em 34%. Outros países, como Vietnã e Taiwan, serão tarifados, respectivamente, em 46% e 32%. Já a União Europeia, será taxada em 20%.
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Na tarde desta quinta, o dólar apresentou queda de 1,00%. Até ontem, a moeda havia fechado em R$5,6963; hoje estava em R$5,6020 na venda. O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, também oscilou entre uma baixa de 0,7% e alta de 0,28%.
Empresas de tecnologia também apresentaram queda em suas ações, já que compram muitos materiais de países asiáticos e mantêm fábricas de montagem dos produtos na China e em Taiwan, onde a mão-de-obra é mais barata.
A Apple, por exemplo, perdeu 8,52% na Nasdaq, bolsa que reúne as bigtechs. Além disso, o BDR (Brazilian Depositary Receipt) da empresa também caiu na B3. O BDR é um certificado que representa ações de companhias estrangeiras ou brasileiras com capital aberto no exterior. Outras empresas, como Microsoft e Nvidia, recuaram em 3% e 5,6%, respectivamente.
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Devido ao impacto nas fábricas asiáticas, marcas como Nike e Ralph Lauren caíram em 11% e 12%.
Acionistas de Wall Street também foram prejudicados com as taxações do presidente. Índices grandes, como Dow Jones, caiu em 3,53%, para 40.735,53 pontos. Outros como S&P 500 perderam 4,04%, caindo para 5.442,13 pontos, enquanto o próprio Nasdaq apresentou queda de 5,20%, para 16.685,61 pontos.
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