Há menos de 80 dias da COP30, menos de 50 países têm hospedagem confirmada para a conferência do clima, em Belém (PA). O evento foi um dos temas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou na Colômbia, durante a cúpula dos países amazônicos na última sexta-feira (22).

Apenas 47 dos 196 países participantes confirmaram presença na COP e garantiram hospedagem. Existe uma pressão internacional e severas críticas por causa dos altos custos da estadia. Um dirigente das Nações Unidas disse que a situação "é um insulto".

Em carta, a ONU pediu que o Brasil arque com o pagamento das hospedagens de países menos desenvolvidos, solicitação descartada pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

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Na Colômbia, Lula defendeu a importância da realização da cúpula em uma cidade da região amazônica.

“Não é como Paris. Não é como Dubai. Não vai ser um lugar chique desse. É a Amazônia. A gente quer que as pessoas vejam a real situação da floresta, dos nossos rios, dos nossos povos que moram lá, pra saber que temos uma tarefa quase hercúlea, para que a gente possa cuidar dessa questão climática”, afirmou.

No mesmo evento, o presidente destacou a importância de um forte apoio dos países da região amazônica ao "fundo de financiamento para florestas tropicais para sempre". A iniciativa será anunciada pelo governo brasileiro na Cop 30.

A proposta é que o fundo remunere os países beneficiados com 4 dólares por hectare conservado. As nações vão precisar provar, por imagens de satélite, que a área em questão está preservada. Os países devem seguir padrões mínimos de proteção das florestas tropicais para permanecer com os pagamentos. 

A estimativa é que em 40 anos, os investimentos soberanos sejam totalmente pagos. São potenciais financiadores: Noruega, Alemanha, Reino Unido, França e Emirados Árabes Unidos.

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