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Reprodução | Youtube Café Filosófico CPFL
Reprodução | Youtube Café Filosófico CPFL

O Café Filosófico do último domingo (2) falou sobre o tema “Entre o real e o virtual: onde nos conectamos?”, parte da série “Nós na era digital”, com a psicóloga Ediane Ribeiro.

A série aborda como a era digital, as tecnologias e as mídias sociais impactam a saúde mental, física, os relacionamentos e a identidade das pessoas. No programa de domingo, o enfoque foi nos relacionamentos.

Entre os pontos abordados pela psicóloga na edição, ela passa pela busca da verdade como algo presente no cenário dos amores modernos, além da autoestima como uma experiência da neurobiologia e a atrofia da presença em contraponto à fome por conexão.

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Quem nunca se perguntou se o que vemos nas redes sociais é, de fato, verdade? Ribeiro aponta que a centralidade da busca pela verdade não é nova, remontando a Platão e Aristóteles. “Talvez agora, a diferença é que ela [busca pela verdade] se torna mais concreta. Se trata de uma tentativa de identificar o que, naquele mundo digital, está sendo produzido e que é totalmente diferente daquilo que está sendo vivido.

Em outro momento, a convidada cita o psicoterapeuta Nathaniel Branden, que define a autoestima como uma experiência de se sentir “capaz de dar conta dos desafios da vida”.

“Ele pensa a autoestima como uma experiência que nos faz sentir dignas e dignos de existir sendo quem somos. E a gente sai da ideia de autoestima que ‘eu me acho muito inteligente, interessante, bonito ou bonita’. Autoestima é que eu me sinto digna de ser quem eu sou, e isso depende de como eu aprendi relacionamentos”, explica Ribeiro.

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Ao falar do isolamento e da fome por conexão, a psicóloga ainda relaciona a mudança social da contemporaneidade e a atrofia da presença. A migração das comunidades ancestrais para a vida urbana moderna, com espaços menos compartilhados, nos deu uma ilusão de liberdade em troca da perda do senso de pertencimento. Com isso, o isolamento e a redução do senso de pertencimento reduzem a capacidade de nos mantermos presentes no aqui e agora.

“Essa organização foi nos levando para agrupamentos cada vez menores, espaços cada vez menos compartilhados, e nos deu a sensação de que temos mais liberdade. [...] Mas ela não se sustenta no cotidiano, porque muitas pessoas trabalham em locais que não acreditam na missão desses trabalhos, muitas pessoas continuam a ter a sua forma de viver determinada por quem veio antes. [...] Como nós fomos perdendo essa forma aprendida de contato, nós fomos nos isolando, isso nos deixou famintas e famintos por conexão; e é com essa fome que a tecnologia e a era digital se encontram”, explica Ediane.

Sobre o programa

O Café Filosófico é uma parceria entre o Instituto CPFL e a TV Cultura, com o objetivo de compartilhar as ideias de grandes pensadores e pensadoras contemporâneas.

A atração é exibida aos domingos, às 20h, com reapresentação de terça para quarta, à 0h.

Assista à íntegra do programa:

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