Fundação Padre Anchieta

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Mais de 6 a cada 10 brasileiros não guardaram dinheiro no ano passado, o que mostra que a maioria das pessoas entrou na crise causada pelo coronavírus sem um colchão de proteção, segundo pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).

O levantamento Raio X do Investidor Brasileiro é feito anualmente pela entidade em parceria com o instituto de pesquisas Datafolha. Foram entrevistadas 3.433 pessoas das classes A, B e C em 149 municípios, nas cinco regiões do país, que representam mais de 96 milhões de brasileiros.

“Muitas famílias tiveram sua renda comprometida por conta da pandemia, seja pelo desemprego, corte salarial ou queda brusca de receita”, lembra Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da Anbima. “Aquelas que tiveram queda de renda e não tinham dívidas nem investimentos, estão tendo que rever gastos domésticos para continuar no azul. Já as que, além de terem a renda comprometida ainda precisam honrar dívidas, têm de fazer um esforço adicional para não se verem ainda mais enroladas financeiramente”.

A despeito desse cenário ruim, o percentual de brasileiros que conseguiram poupar no ano passado foi de 38%, o que representa uma alta de cinco pontos percentuais na comparação com 2018 (no ano retrasado, apenas 33% dos entrevistados disseram que conseguiram economizar).

Revisão de hábitos de consumo

Para Leoni, a crise deixa claro que é necessário uma revisão dos hábitos de consumo pela população brasileira, incluindo daqueles que conseguiram guardar dinheiro.

“Se engana quem pensa que apenas os não poupadores precisam rever seus hábitos financeiros em meio à crise. Apesar de estarem mais tranquilos do que os demais, os 38% dos brasileiros que pouparam não podem cair na armadilha de acessar sua reserva como primeiro recurso para manter o padrão de gastos. É preciso, assim como os demais, rever despesas do dia a dia, os desperdícios e olhar para gastos necessários, com o objetivo de preservar por mais tempo os recursos poupados”, aconselha a especialista em educação financeira.

Poupança ainda é campeã

Apesar de apresentar um rendimento cada vez menor, inclusive perdendo para a inflação, a poupança se mantém como o produto preferido dos investidores, mostra a pesquisa: 84% dos pesquisados deixaram recursos na caderneta no ano passado.

Apesar disso, o percentual representa uma queda na comparação com 2018, quando 88% optaram pelo produto.

Em seguida, aparecem fundos de investimento (6%), títulos privados (5%), planos de previdência (5%), títulos públicos (4%) e ações (3%).

Investimentos na agência

Os dados da Anbima mostram que, no ano passado, antes da pandemia, a maioria dos investidores (71%) disseram ir até o o banco para fazer suas aplicações. Quase metade (49%) afirmaram usar o site ou aplicativo do banco ou da corretora (essa pergunta era de múltiplas respostas).

Os investidores mais tradicionais (batizados de analógicos) são em geral mais velhos, em média 47 anos, da classe C, e com renda familiar mensal em torno de R$ 4,4 mil.

Segundo o levantamento, aqueles que usam a internet para facilitar a vida financeira (os investidores digitais) são mais jovens, em média 38 anos, e pertencem à classe B, com renda média mensal de R$ 7,4 mil.