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Fabio de Campos Ferreira
Fabio de Campos Ferreira

No último domingo (18), São Paulo recebeu a edição de estreia do Knotfest, festival criado em 2012 pelos membros da banda de metal Slipknot. Os americanos fecharam a noite para um público de 45 mil pessoas que lotou o Anhembi. Passaram pelos dois palcos nomes como Bring Me The Horizon, Mr. Bungle, Pantera, Judas Priest, além dos brasileiros Sepultura, Black Pantera e mais.

Fabio de Campos Ferreira

Mesmo dividindo o protagonismo com a final da Copa do Mundo, os palcos Knostage e Carnival Stage montados no Sambódromo se manteve com grande concentração de headbangers, que acompanharam bandas veteranas e da mais recente cena do metal. Os brasileiros do Black Pantera abriram o festival com um show enérgico repleto de protestos. A banda foi convocada para substituir os norte-americanos do Motionless In White após cancelamento de última hora por motivos de saúde entre os membros da banda e da equipe da turnê.

Ainda durante o dia, sob forte sol, se apresentaram Oitão + Jimmy & Rats, Project46, Trivium e Vended. Essa última, liderada por Griffin Taylor e Simon Crahan, respectivamente filhos do vocalista Corey Taylor e do percussionista Shawn “Clown” Crahan, integrantes do Slipknot.

As apresentações tiveram sequência após a conquista do título da Argentina na Copa do Mundo do Catar. O jogo foi transmitido ao vivo na área de passagem entre um palco e outro. Os brasileiros do Sepultura subiram ao Carnival Stage ainda de dia para um show que reuniu convidados ilustres como Scott Ian (Anthrax), Matt Heafy (Trivium) e Phil Anselmo (Pantera). O guitarrista Andreas Kisser usava uma camiseta com a imagem de sua mulher Patricia Kisser, que morreu em julho deste ano, vítima de câncer.

Vestido com uma camiseta do Brasil Pentacampeão, Mike Patton subiu ao palco com a Mr. Bungle com a mesma energia de todas as vezes em que se apresentou no Brasil com suas outras bandas. O vocalista interagiu com a plateia soltando algumas palavras e palavrões em português, como faz habitualmente, e brincou sobre o título da Argentina. Ao pronunciar o nome de Bolsonaro teve o retorno dos fãs xingando o atual presidente. Patton convidou os amigos Derrick Green (voz) e Andreas Kisser (guitarra) do Sepultura e cantaram juntos "Territory".

Neste mesmo palco se apresentaram Bring Me The Horizon e a grande atração da noite, Slipknot. O carismático Oliver Sykes, vocalista do Bring, conversou o tempo todo com a plateia em português e chegou a descer para o público. Enquanto os britânicos se apresentavam, a pista já era tomada por fãs do Slipknot. Muitos vestidos com roupas, máscaras e acessórios característicos da banda.

Pai e filho, Marco Antonio Maragno, 51, e Marcos Gregorio Siciliano Maragno, 17, optaram pelo palco Knostage para acompanhar as duas bandas. 

Marcos Gregório com o pai Marco Antonio Maragno

Enquanto na outra extremidade do Sambódromo, no Carnival Stage, o tributo do Pantera reuniu outra multidão. Phil Anselmo, da formação original, mostrou que se mantém em boa forma. Ficou a cargo de Judas Priest fechar o palco.


O Slipknot apresentou um setlist com clássicos celebrados pelo público. “Não importa se você nos acompanha há 20 anos ou 20 minutos, aqui somos uma família”, disse Corey Taylor. A banda encerrou a noite com fogos de artifício e promessa de voltar ao Brasil.

Foram cerca de 12 horas de duração, com dois palcos diferentes, além de uma experiência imersiva pelo Slipknot Museum. Os fãs podiam circular pelo acervo com instrumentos, máscaras e roupas usadas pelos integrantes nos mais de 20 anos de história. A fila era gigantesca, mas para o fã valeu cada minuto.

Se depender do público, o anúncio da segunda edição será muito aguardada.