Coluna Hábito de Quadrinhos

Em clima de Olimpíada: uma seleção de 11 quadrinistas franceses para conhecer (ou relembrar)


29/07/2024 11h46

Estamos no meio dos Jogos Olímpicos. Temos competições emocionantes durante quase todo o dia inteiro. No tempo que resta, dá para comer, tomar banho e, claro, ler – dormir é para os fracos...

Separei uma seleção de dez quadrinistas franceses para você conhecer – ou relembrar, já que muitos deles são famosos.

Philippe Druillet

Druillet é um quadrinista fantástico, nos dois sentidos. Compõe páginas de quadrinhos como se fizesse enormes pinturas: lindas, coloridas, detalhistas, por vezes experimentais. “Lone Sloane” é sua obra-prima. Em um futuro bem distante, o protagonista-título é um aventureiro que se envolve em tramas secretas, planetas dedicados aos pecados, adversários com poderes semidivinos… É dele a imagem que abre este texto.

Marijac

O prestigioso Festival de Quadrinhos de Angoulême homenageia, desde 1974, um exímio artista, francês ou não, com o prêmio “Grand Prix de la ville d'Angoulême”. Um dos primeiros laureados, ainda nos anos 70, foi Jacques Dumas, o Marijac, conhecido por trabalhos como “Les Trois Mousquetaires du Maqui” e “Jim Boum”, além do seu trabalho como editor.

Moebius

Jean Giraud, o Moebius, parecia não conhecer limites. Ia do faroeste (“Blueberry”) à fantasia (“Incal”, “A Garagem Hermética”) com a mesma desenvoltura: traços lindos, incríveis, sempre autorais. Até HQ de super-herói da Marvel ele fez – com roteiro de Stan Lee.

Jean-Claude Mézières

Artista criativo e com um pé na ficção científica e na fantasia, Mézières é conhecido por seu longo trabalho com a série “Valérian”, mas também levou seu talento para fora dos quadrinhos, trabalhando em filmes como “O Quinto Elemento”, de Luc Besson.

Claire Bretécher

Além dos prêmios anuais, o Festival de Angoulême passou a dar, a partir de sua décima edição, um prêmio especial. E o Grand Prix de la ville d'Angoulême - 10th anniversary foi concedido a Claire Bretécher, criadora das séries “Les Frustrés”, publicada entre 1973 e 81, e a mais recente “Agrippine” (1988 e 2009).

Gérard Lauzier

Um francês com um pezinho no Brasil: morou por aqui nos anos 50. Este período é uma das inspirações para sua série “Les Chroniques de l'île Grande”. Lauzier era conhecida por suas sátiras sociais e seu humor, transmitidos nas páginas de HQs, no cinema e no teatro.

Catherine Meurisse

Meurisse é a primeira quadrinista eleita para a icônica Académie des Beaux-Arts da França. Autora contemporânea -nasceu em 1980- tem como uma das suas obras de destaque “Mes Hommes de Lettres”, um olhar cômico sobre a história da literatura francesa.

Clément Oubrerie

Outro artista contemporâneo, Oubrerie assina a interessante série “Aya de Yopougon”, escrita por sua então mulher, Clément Oubrerie, e que retrata a Costa do Marfim em que ela nasceu. Além disso, desenha também a série “À la croisée des mondes”, que adapta romances de Philip Pullman.

Jean-Claude Forest

Inovador e criativo, Forest é comumente qualificado como “bárbaro” – no bom sentido. É um jogo de palavras com sua principal criação: “Barbarella”, a fantasia futurista com pitadas eróticas que foi adaptada para o cinema no icônico filme homônimo de Roger Vadim.

René Goscinny e Albert Uderzo

Que dupla! Os criadores de Astérix entram no panteão dos deuses dos quadrinhos francês – e mundiais, obviamente. Personagens icônicos, ilustrações lindas, álbuns inesquecíveis. Mas tenho a certeza de que não te trouxe nenhuma novidade neste parágrafo...

Pedro Cirne é formado em jornalismo, desenhos e histórias em quadrinhos. É autor do romance “Venha me ver enquanto estou viva” e da graphic novel “Púrpura”, ilustrada por 17 artistas dos 8 países que falam português.

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