Coluna Hábito de Quadrinhos

Em clima de Olimpíada: mais 11 sugestões de quadrinistas franceses para conhecer (ou relembrar)


05/08/2024 08h34

Continuamos (felizmente!) no meio dos Jogos Olímpicos. Na semana passada, apresentei uma seleção de 11 grandes quadrinistas franceses. Pouco, diante do maravilhoso universo das BDs (como chamam as HQs por lá). Então, resolvi fazer um “segundo tempo” daquela coluna (ou prorrogação, como preferir) e apresentar mais 11 feras francesas.

Tardi

Escritor, ilustrador e aparentemente incansável, o talentoso Jacques Tardi tem uma vasta contribuição para a história das BDs. Criou a icônica personagem Adèle Blanc-Sec, da qual lançou dez volumes, e fez ótimos volumes adaptando as séries de romances “Nestor Burma” (originalmente de Léo Malet) e “O Grito do Povo” (de Jean Vautrin) – sem falar em “Era a Guerra de Trincheiras”, que retrata a Primeira Guerra Mundial.

Divulgação

Florence Cestac

Primeira mulher a ser laureada com o “Grand Prix de la ville d'Angoulême”, concedido anualmente pelo prestigioso Festival de Quadrinhos de Angoulême. Atuou em áreas diferentes ligadas aos quadrinhos: tocou uma livraria, fundou uma editora e escreveu e ilustrou histórias, como as do detetive Harry Mickson.

Chantal Montellier

Pintora, romancista, quadrinista, cartunista... Em atividade desde os anos 60, Chantal Montellier é um nome constante – e importante – na arte francesa das últimas décadas. É dela o livro “Social Fiction”, lançado aqui há dois anos e que reúne três contos de ficção científica publicados originalmente na icônica revista “Métal Hurlant”.

Divulgação

Joann Sfarr

Filósofo de formação, Starr é um talentoso roteirista e ilustrador, conhecido por diferentes séries como “Professeur Bell” e “Pequeno Vampiro”. Sua HQ mais famosa, “Le Chat du Rabbin”, já teve 11 volumes publicados – os dois primeiros saíram no Brasil como “O Gato do Rabino”. Mais famosa e mais premiada, aliás: “O Gato do Rabino” já ganhou prêmio do júri em Angoulême e um Eisner Awards, nos EUA, na categoria de melhor edição estrangeira.

Enki Bilal

Quadrinista e cineasta, Bilal cria histórias que misturam fantasia, mitologia, drama e críticas sociais. Sua trilogia “Nikopol” é, além de irretocavelmente linda, uma história envolvente e irônica – por exemplo, ao criticar a busca pela perfeição na sociedade contemporânea, ele apresenta o sarcástico esporte “boxe-xadrez”. Detalhe: como é um quadrinistas muito lido, sua história acabou chegando na mão de atletas e... e agora o esporte também existe no mundo real!

Divulgação

Benoît Peeters

Formado em filosofia e com mestrado em ciências sociais, Peeters é um romancista e roteirista de quadrinhos que também publicou livros teóricos sobre a nona arte – por exemplo, “Le Monde d’Hergé” e “Hergé, fils de Tintin”. Ele escreveu a belíssima série de quadrinhos Trata-se do primeiro volume da série “Les Cités Obscures” (“As Cidades Obscuras”), formado por álbuns independentes, mas ambientados em um mesmo mundo, lindamente ilustrados pelo belga François Schuiten. Até hoje, 13 livros foram publicados.

Jul Maroh

O talento por trás de um lindo álbum: “Azul É a Cor Mais Quente”, uma história dramática sensível e muito bem narrada. Esta história de amor foi adaptada para o cinema em um filme homônimo, que teve atuações soberbas de Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos.

Divulgação

Riad Sattouf

Filho de pai sírio e mãe francesa, Sattouf passou a infância entre Líbia, Síria e França, e retrata este período na série autobiográfica “Árabe do Futuro”. Esta série traz uma sinceridade quase crua e aborda temas duros e por vezes difíceis, quase sempre registrados com beleza e, quando possível, leveza.

Annie Goetzinger

Assim como Tardi, Goetzinger foi uma autora prolífica, seja como ilustradora em jornais e revistas franceses ou lançando BDs. Seu primeiro álbum individual, “Légende et realité de Casque d'Or”, inspirado no filme “Casque d'Or” (lançado no Brasil como “Amores de Apache”), foi premiado em Angoulême.

Divulgação


Anne Sibran

Mais conhecida como romancista (seu “O Primeiro Sonho do Mundo” já saiu por aqui), Anne Sibran também contribuiu com seu talento escrevendo roteiros para BDs. São delas, por exemplo “Le Quartier évanoui” e “Le Monde du dessous”, ambos com ilustrações do também talentoso Didier Tronchet.

Gotlib

Escritor, ilustrador e editor, Gotlib teve papel importante dentro da história das BDs também ao divulgá-las. Ele foi o criador de duas revistas de muito sucesso, ambas com quadrinhos voltados para o público adulto: “L'Écho des savanes” e “Fluide Glacial”.

Divulgação

Pedro Cirne é formado em jornalismo, desenhos e histórias em quadrinhos. É autor do romance “Venha me ver enquanto estou viva” e da graphic novel “Púrpura”, ilustrada por 17 artistas dos 8 países que falam português.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ataque a tiros em escola nos EUA deixa ao menos dois mortos

Ministro das Comunicações diz que Musk merece repulsa: “No Brasil, ordem judicial se cumpre”

Radar que flagra motorista de longe já está circulando em 24 estados

Deolane diz que é "notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa" em carta divulgada nas redes

Kamala x Trump: 60% dos eleitores da geração Z pretendem votar na democrata, diz pesquisa