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Após "Venom" e "Morbius", outro coadjuvante do universo do Homem-Aranha ganha seu próprio longa-metragem. "Kraven", dirigido por J.C. Chandor e estrelado por Aaron Taylor-Johnson, estreia esta semana nos cinemas.

Kraven, para quem não conhece, é um vilão que tem atormentado o Homem-Aranha por décadas. Ele é um caçador russo que, mesmo sem poderes, representa uma ameaça significativa para o herói aracnídeo. Seu maior destaque nos quadrinhos é a história "A Última Caçada de Kraven", escrita por J.M. DeMatteis e ilustrada por Mike Zeck.

Mas será que Kraven merecia um filme solo? Como personagem, não o considero tão interessante, embora uma adaptação de "A Última Caçada" pudesse ser incrível. No entanto, os grandes estúdios de Hollywood estão mais interessados no lucro do que em adaptar histórias específicas. E aí surge a questão: estamos prontos para mais um filme de super-herói?

Há algumas semanas, muitos afirmariam que o gênero estava saturado. Desde "Vingadores: Ultimato", nenhum filme ou série da Marvel conseguiu grande destaque. Entretanto, o sucesso de "Deadpool & Wolverine", dirigido por Shawn Levy, mostrou que o gênero ainda tem fôlego. Com uma combinação de carisma, marketing eficaz e um roteiro divertido, o filme continua a atrair espectadores.

Eu nunca fui um dos que acreditou que o gênero estivesse esgotado. Acredito que o que importa não é o estúdio ou a editora, mas a qualidade dos filmes e sua capacidade de se conectar com o público. Filmes como "Bloodshot", "Morbius" e "Adão Negro" fracassaram não porque o gênero se desgastou, mas porque eram filmes fracos. Em contraste, "Deadpool & Wolverine" conseguiu inovar e oferecer algo fresco ao público.

Se consultarmos o agregador de críticas Rotten Tomatoes, veremos que, entre as dez melhores comédias românticas de todos os tempos, apenas uma foi lançada neste século. Isso não significa que o gênero morreu; está apenas aguardando por criadores talentosos e criativos. O mesmo vale para os filmes de super-heróis.

Ainda não assisti a "Kraven" e, sinceramente, não estou empolgado para vê-lo. O trailer parece uma compilação de elementos já explorados em filmes do gênero desde 2008, quando a Marvel reinventou o mercado. Em contrapartida, estou ansioso para ver o que James Gunn e Peter Safran estão preparando para o universo DC, que deve começar em dezembro com a série animada "Comando das Criaturas". Além disso, estou curioso para saber como a Marvel planeja revitalizar seu MCU, especialmente com o retorno de Robert Downey Jr.

O gênero de filmes de super-heróis não está morto, assim como o das comédias românticas. Nenhum gênero está; há espaço para todos. E ainda bem por isso. Vida longa ao cinema e aos quadrinhos.

Pedro Cirne é formado em jornalismo, desenhos e histórias em quadrinhos. É autor do romance “Venha me ver enquanto estou viva” e da graphic novel “Púrpura”, ilustrada por 17 artistas dos 8 países que falam português.