Após um longo adiamento e suspeitas de cancelamento, foi dada a largada: na sexta-feira da semana passada, começaram oficialmente os 32º Jogos Olímpicos da Era Moderna – ou Tóquio-2020, para encurtar.
(Sim, sei que estamos em 2021, mas o adiamento não mudou o nome do evento.)
Como fã de quadrinhos e de Olimpíadas, aproveitei o revezamento da tocha olímpica para sugerir cinco HQs de esportes.
Divirta-se!
“Slam Dunk”, de Takehiko Inoue
Lançado originalmente entre 1990 e 96, este mangá de 31 volumes foi sucesso de público e crítica. De público: chegou a ser um dos sete mangás mais vendidos de todos os tempos. De crítica: recebeu, em 1994, o Shogakukan Award, um dos dois maiores prêmios do Japão para quadrinhos. A série mostra a história de Hanamichi Sakuragi, um jovem com passado problemático que acaba se encontrando graças... ao basquete, como mostra a imagem acima :-).
“Haikyu!”, de Haruichi Furudate
Outro mangá sobre jogo coletivo, agora de vôlei – e também premiado: venceu o mesmo Shogakukan que o “Slam Dunk”, mas em 2017. Lançado no Japão em 45 volumes entre 2012 e 2020, a série é inédita no Brasil... por enquanto. A editora JBC anunciou que publica na semana que vem o primeiro volume da série – que, por aqui, sairá em 23 edições. Um resumo da história: dois amigos amam vôlei e querem se profissionalizar, mas só um deles é talentoso, enquanto o outro é... esforçado.
“O Boxeador”, de Reinhard Kleist
Inspirada em fatos reais, esta é a biografia do pugilista Harry Haft. O boxe é importante, claro (basta ver a capa), mas este drama vai além disso. Como um sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz consegue reconstruir sua vida a ponto de, anos depois, entrar em um ringue para enfrentar um dos maiores lutadores de todos os tempos, Rocky Marciano?
“Asterix Entre os Bretões”, de René Goscinny e Albert Uderzo
Como em outras aventuras de sua sempre hilária trajetória, a inesgotável dupla Asterix & Obelix viaja para longe da Gália (França) em mais um confronto o Império Romano. Nesta HQ, eles vão ao Reino Unido, onde entram em contato com os Beatles (ou seus antepassados...), cerveja quente e, já que falamos de esporte por aqui, o rugby.
“Asterix nos Jogos Olímpicos”, de René Goscinny e Albert Uderzo
Nesta minha lista, ficaria com a medalha de ouro. Goscinny e Uderzo criaram uma comédia com muita aventura (ou aventura com muita comédia?) que nos mostra um pouco da Olimpíada original, séculos antes de virar os Jogos Modernos que nós conhecemos.
Os irredutíveis gauleses viajam para a Grécia, onde pretendem participar dos Jogos. Asterix competirá no atletismo, mas há espaço para esportes praticados então, mas que não foram olímpicos na Era Moderna, inaugurada em 1896, como o... pancrácio. Já ouviu falar dele?
Pedro Cirne é formado em jornalismo, desenhos e histórias em quadrinhos. É autor do romance “Venha me ver enquanto estou viva” e da graphic novel “Púrpura”, ilustrada por 17 artistas dos 8 países que falam português.
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