Coluna PÉ EMBAIXO

Quem quer leite?

Se você não viu as 500 Milhas de Indianápolis no último domingo (30), você perdeu três shows e uma cavalar dose de emoção


02/06/2021 17h08

A transmissão ao vivo da TV Cultura, comandada pelo narrador Geferson Kern e pelo comentarista Rodrigo Mattar, por si só, já foi um espetáculo à parte. Um domínio absurdo de informação, de correção, de técnica, de história. Uma aula. Da corrida, então, nem se fala. Ou melhor, se fala, sim: altíssimas doses de adrenalina em um sprint de 804,5 quilômetros.

Uma corrida de 200 voltas em um oval (ou retângulo, como queiram) em que os carros superam os 360 km/h e com apenas duas intervenções por bandeira amarela. Muita gente, inclusive, se deu mal apostando que nas voltas finais poderia haver alguma delas, o que traria a oportunidade de economizar combustível, já que abastecer e trocar pneus durante bandeira verde não é o melhor dos mundos.

Dramas, estratégias, questionamentos. Um clichê mais do que verdadeiro, mas trata-se de um velocíssimo jogo de xadrez. Todo mundo “cozinhando o galo” a 220 milhas por hora durante 180 voltas para ir com tudo nas 20 finais.

E para coroar o que já estava ótimo, uma vitória brasileira. Helio Castroneves, que depois de 20 anos correndo pela toda-poderosa Penske, assinou com a nanica Meyer-Shank Racing e em sua estreia pelo time, venceu a principal corrida dos Estados Unidos.

A principal, não. As principais. Helinho, com um aproveitamento 100% em 2021, venceu também as 24 Horas de Daytona em janeiro.

No oval de Indianápolis, Castroneves igualou um recorde: sua quarta vitória nas tradicionais 500 Milhas o colocaram no panteão dos maiores vencedores da história da prova, junto de AJ Foyt, Al Unser Sr e Rick Mears. Um assombro vindo do piloto de 46 anos, o único que agora poderá superar seus colegas de recorde e se isolar como o maior da história de Indianápolis.

Foi a oitava vitória brasileira na prova: duas de Emerson Fittipaldi, uma de Gil de Ferran, uma de Tony Kanaan e agora quatro de Helio Castroneves.

O domingo na tela da TV Cultura trouxe um pacote mais do que completo de emoção, adrenalina, informação e explosão de felicidade. Um calor na bandeirada quadriculada que só pôde ser arrefecido com uma bela garrafa de leite.

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