Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Red Bull Content Pool
Red Bull Content Pool

O fã de corridas não pôde reclamar do último final de semana, com um domingo recheado de automobilismo e motociclismo. Fórmula 1, MotoGP, NASCAR e a tão aguardada estreia da Fórmula Indy na tela da TV Cultura. Aliás, que transmissão! Geferson Kern e Rodrigo Mattar não deixaram o telespectador ficar perdido em nenhum momento; perfeitos nas análises, ao descrever o que se passava na pista, a leitura da corrida, as estratégias... Tudo isso com a maior simpatia, empolgação, conhecimento e eficiência. Um show de narração, de comentários e de informação. Era tudo o que os fãs de corrida esperavam.

Aliás, baita corrida. A vitória de Alex Palou mostrou que o espanhol – o segundo na história a vencer na Indy, juntando-se a Oriol Servià – chegou, como se diz, chegando. Em uma equipe fortíssima como a Chip Ganassi, mas que tem na velha raposa Scott Dixon a referência e o número um incontestável, Palou pode ser um dos caras a dar muito trabalho aos medalhões da categoria.

Outra corrida que fez o telespectador levantar do sofá foi o GP da Emilia Romagna de Fórmula 1, no autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola. Lewis Hamilton finalmente tem uma briga para chamar de sua, agora. Ainda assim, mostrou porque é um dos melhores da história: errou (coisa rara de se ver), conseguiu voltar – quando muitos teriam tirado o volante e abandonado a corrida -, e fez uma recuperação fantástica para terminar em segundo. Tudo bem que contou com a sorte – é incrível como o heptacampeão é abraçado por este fator nos momentos mais difíceis -, mas ele soube aproveitar muito bem e ainda cravar a volta mais rápida da prova para sair da Itália com um ponto na frente de Max Verstappen.

Max também foi ótimo. Não deixou ninguém se aproximar da Red Bull enquanto seu experiente companheiro de equipe Sérgio Perez simplesmente não se encontrou no úmido GP da Emilia Romagna – este ficou sem pontuar e fez o chefe Helmut Marko fazer algumas anotações em seu caderninho. Em que pese o erro de Max pouco antes da relargada, o holandês mostra a costumeira fome e sabendo se aproveitar da ligeira vantagem técnica do carro da Red Bull sobre o da Mercedes.

A Ferrari dá sinais de recuperação, com Leclerc ficando de fora do pódio por muito pouco e com Sainz também se colocando bem na zona de pontuação. Há mais por vir aos ferraristas, que melhoraram demais em relação ao ano passado. Norris no pódio com a McLaren só mostra a qualidade do jovem talento britânico, sublinhado pela corrida apagada de Daniel Ricciardo, que só foi percebido na corrida quando ouviu a ordem da equipe para deixar Lando passar. E de fato, tinha mais ritmo: Norris passou o australiano e chegou a abrir mais de dez segundos para o companheiro de equipe.

A batida feia entre George Russell e Valtteri Bottas, em uma briga pela nona posição, foi muito bem resumida pelo piloto da Williams: para ele, o nono lugar era tudo; para Bottas, não era nada. Apesar de os comissários terem julgado a batida como acidente de corrida, sem culpar nenhum dos envolvidos, para mim Bottas teve, sim, culpa.

Era uma zona de altíssima velocidade, com os carros chegando ali a cerca de 330 km/h. Russell tira para a direita e Bottas mexe muito levemente o carro para a direita. Levemente a 100 km/h é uma coisa, mas a 330 a situação ganha outros contornos. Batida bem forte, justamente na Tamburello, que embora muito mais lenta hoje em dia e em formato de “esse”, foi a curva que vitimou Ayrton Senna há quase 27 anos.

Agora é aguardar o GP de Portugal no belíssimo Algarve. O circuito de Portimão foi palco de um corridaço no ano passado. Aguardemos...

Acelerando

Final de semana você volta a ficar ligado no site e na tela da TV Cultura com muita velocidade e eletricidade. A Fórmula E, depois de duas provas espetaculares em Roma, vai agora à Espanha, no circuito Ricardo Tormo, em Valência, para o terceiro encontro do ano, valendo pela quinta e sexta etapas.

É uma pista em que todos os pilotos estão bem acostumados. Foi lá que a Fórmula E fez três dias de pré-temporada. Pela primeira vez no ano, a categoria elétrica vai correr em um autódromo e não em um circuito de rua, que é sua marca registrada. Será interessante de acompanhar os desenvolvimentos.

Eu narro os treinos livres da madrugada de sábado a partir das 2h15 e 4h10, enquanto a classificação e a corrida você acompanha na tela da Cultura às 6 horas e às 8h30, tudo ao vivo. No domingo, madrugo com você para o terceiro treino livre no site da Cultura às 3 da matina; classificação e corrida, também ao vivo, você vê na TV às 5 da manhã e às 9, respectivamente.

Você vai ver a Fórmula E de manhã e, no domingo, tem Fórmula Indy de novo, desta vez com o GP de Saint Petesburg, circuito de rua da Flórida que sempre proporciona ótimas disputas.

Como se não bastasse, o final de semana tem também a abertura da temporada 2021 da Stock Car. Cheia de novidades, a principal categoria do automobilismo brasileiro promoverá as estreias de Tony Kanaan e Felipe Massa. A prova acontece em Goiânia (GO).

Cleber Bernuci é jornalista e narrador dos treinos livres da Fórmula E no site oficial da TV Cultura.