Revirei a internet e encontrei a história do slime. Vem descobrir!
Neta de um projeto da Segunda Guerra Mundial e filha de uma estrela de cinema, essa meleca gostosinha já teve diferentes versões pelo mundo até chegar à mistura que você faz em casa
14/09/2020 19h00
Já parou pra pensar o que é um slime? Ok, é aquela mistura de ingredientes improváveis e que resulta numa maravilhosa surpresa que todo mundo ama. Não é à toa que esta coluna aqui, modéstia à parte, tem assuntos improváveis toda semana e se chama Slime. Mas e a palavra Slime? Do inglês, significa lama, limo, lodo. Mas o significado não tem nada a ver com os ingredientes. Só voltando no tempo para descobrir.
Por volta dos anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial, um cientista norte-americano chamado James Wright foi contratado para inventar uma substância que pudesse substituir a borracha. A ideia era usar esse novo material, entre outras coisas, no solado dos coturnos dos soldados. O cientista misturou ácido bórico com silicone líquido, criando uma meleca bem maleável que chamou de "Silly Putty". Nascia o avô do slime!
A criação era bem interessante para aliviar o estresse, mas não chegava nem perto da textura necessária para ser usada nos sapatos dos combatentes. Por isso, a fórmula foi arquivada e ficou esquecida por anos. Por volta dos anos 50, um publicitário com olhar comercial comprou a fórmula, fez algumas adaptações e lançou o produto como brinquedo, dentro de casquinhas de ovos de plástico.
A ideia era que a criança tivesse uma surpresa ao abrir o ovo, encontrando a meleca maleável. A ideia deu certo e fez muito sucesso em todos os Estados Unidos.
Em 1984, o produto ganhou o mundo graças ao maior garoto propaganda da indústria cinematográfica. No filme Ghostbusters – Caça Fantasmas, havia um personagem feito em animação, com o corpo gigante, verde e constituído de... meleca maleável! O nome do bonitão? Slime! A partir daí, aquela geleca/meleca/geleinha/amoeba/slime ficou ainda mais famosa e, nos anos 90, virou febre no Brasil. A geração Y cresceu brincando com produtos vendidos em embalagens coloridas, fez muitas bolhas de ar e muito produto grudou no cabelo de todo mundo.
Mas a maior revolução aconteceu de dois anos pra cá: não basta brincar, tem que fazer o slime como parte da brincadeira! Genial, né? Dá pra criar com uma porção de materiais, acrescentando brilhos, coisas crocantes, brinquedos e o que a imaginação permitir. Virou brincadeira de adultos e crianças. Os slimes ganharam novas texturas, cores e maneiras de brincar. São tantos jeitos diferentes, que ganharam até sobrenomes estrangeiros: Slime Iceberg, Fluffy, Clear, Milk, Crunchy, Metallic, Neon, Cloud, Gold, Rainbow, Butter, Glossy, Glitter, Galaxy, Snow Fluffy e por aí vai!
Mas a maior revolução aconteceu de dois anos pra cá: não basta brincar, tem que fazer o slime como parte da brincadeira! Genial, né? Dá pra criar com uma porção de materiais, acrescentando brilhos, coisas crocantes, brinquedos e o que a imaginação permitir. Virou brincadeira de adultos e crianças. Os slimes ganharam novas texturas, cores e maneiras de brincar. São tantos jeitos diferentes, que ganharam até sobrenomes estrangeiros: Slime Iceberg, Fluffy, Clear, Milk, Crunchy, Metallic, Neon, Cloud, Gold, Rainbow, Butter, Glossy, Glitter, Galaxy, Snow Fluffy e por aí vai!
E agora que você já sabe um pouco mais a respeito do slime, que tal fazer o seu? Bora pegar a base de um dos mais simples: cola e água boricada. Neste vídeo, eu te ensino o passo a passo desta fantástica criação. Que comece a brincadeira!
Helena Ritto é atriz, contadora de histórias, arteeducadora, apresentadora, atriz de voz e escritora.
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