Coluna Slime

Escritório, escola, estúdio… Em quantos lugares sua casa se transfigurou na pandemia?

Ficar em casa - e se reinventar! Essa diretriz de 2020 fez com que precisássemos repensar a relação com nossos lares. E, dificuldades à parte, descobrimos que dá pra seguir vivendo, criando e cuidando do próximo


02/12/2020 17h51

A partir de março de 2020, o mundo inteiro teve que se adaptar, graças a um serzinho microscópico chamado Coronavírus. Como pode uma criaturinha tão pequenina causar tantas mudanças na vida de bilhões de pessoas?

Não teve ninguém que não tenha levado um susto gigante ao descobrir que poderia pegar uma doença super perigosa, misteriosa, contagiosa, rápida e cruel. Por isso, a vida de todo mundo mudou.

Pra começar, a medida mais recomendada era que a maior parte das pessoas ficassem em casa. Assim, o tal vírus não ia circular.

As crianças passaram a estudar online. De alguma forma, o destino ouviu as súplicas de “só mais cinco minutinhos, por favor”... Que levante a mão aquele que assiste à primeira aula online da manhã de banho tomado, cabelo escovado e sem cara de sono. Difícil achar alguém.

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Já no universo dos adultos, quem pôde se adaptar e trabalhar em casa, teve sorte. Afinal, quem queria correr o risco de encontrar com o tal inimigo invisível na primeira esquina contaminada?

Teve gente que contou com muito suporte das empresas em que trabalham: receberam praticamente um escritório em suas casas, uma estrutura para poderem continuar trabalhando tranquilamente, só que com a vantagem de almoçarem nos seus lares a comidinha caseira, não pegarem trânsito e o grande bônus de estarem mais perto de suas famílias.

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Já o pessoal que trabalha nos chamados “serviços essenciais” (médicos, policiais, bombeiros, lixeiros, trabalhadores de supermercados e farmácias, etc) continuou seu turno fora de casa, se arriscando para poder manter o dia a dia do coletivo. Grandes heróis.

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Claro que há muitas outras situações, como aqueles que perderam o emprego e os que dependiam de contato com o público para seu sustento. Vendedores de rua e prestadores de serviço, por exemplo, sentiram a rasteira gigante que o vírus passou.

Temos sobrevivido a este ano estranho, mas você já parou para pensar também como tem sido a vida dos artistas que dependem de plateia? Muitos amigos que estavam com apresentações marcadas tiveram seus trabalhos cancelados. Artistas grandes fazem lives, outros conseguem continuar através da exposição nas redes sociais ou na televisão.

Mas não tem espaço pra todo mundo e a maioria precisou migrar para outras opções de sobrevivência. Ator que virou professor, humorista que faz pão e cantor-costureiro. Já ví de tudo um pouco e fico impressionada com a criatividade e capacidade do ser humano de se adaptar. E por falar em adaptação, vou dar um relato pessoal aqui: como faz pra gravar um programa de TV em casa?

Bom, claro que depende do programa. Conseguiria imaginar o William Bonner na mesa da cozinha, a câmera mostrando da cintura pra cima seu belo terno importado. Mas, onde a câmera não mostra, teríamos uma linda samba canção de patinhos e pantufas de dinossauro. Acho que ele não chegou a gravar nada de casa, mas se tivesse, era capaz de ser meio assim.

Já no meu caso, trouxe a Doroteia pra morar comigo na pandemia. Quem acompanha o Quintal da Cultura, sabe que ela é uma menina maravilhosa, inteligente, esperta e que ama cor de rosa.

Foram adereços, roteiros, figurino, maquiagem e acessórios que chegavam de acordo com cada roteiro. Montei uma boa estrutura de gravação com luz e equipamento (com apoio da TV Cultura, mãe que nunca abandona) e... voila!

Quer ver o resultado? Assista à próxima temporada do Quintal, que estreia dia 14. Pois é, gravamos uma temporada inteirinha do programa diretamente de nossas casas. Você vai poder ver que os roteiristas continuam criativos, os editores continuam dando ritmo, maquiadores e figurinistas continuam sua arte, direção, efeitos e produção não pararam um minuto e os atores continuam dando vida aos personagens.

O Quintal da Cultura não parou, mas todos nós enfrentamos o medo do coronavírus respeitando a advertência do fique em casa. A vida em 2020 tem sido diferente. Mas estamos aprendendo muito, inclusive, que é sempre possível continuar vivendo e espalhando nossa arte, sem esquecer nunca de cuidar do próximo.

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