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Cerca de 1,9 milhão de litros de petróleo vazaram quando o navio descarregou petróleo em terminal da refinaria La PampillaPaís pede reparação por danos ambientais causados por vazamento de petróleo em refinaria da Repsol em janeiro. De acordo com ação, 700 mil peruanos foram afetados pelo desastre.A agência de proteção ao consumidor do Peru entrou com uma ação civil contra a petrolífera espanhola Repsol e outras cinco empresas, duas europeias e três nacionais, devido a um vazamento de petróleo que ocorreu na costa peruana em janeiro. O país exige uma indenização de 4,5 milhões de dólares pelos danos ambientais causados na região.

A ação foi apresentada a um tribunal em Lima, afirmou neste sábado (14/05) a agência governamental peruana. Além de compensar o Estado pelos danos ambientais causados, a indenização será destinada a ajudar os afetados pelo desastre.

Em 15 de janeiro, cerca de 1,9 milhão de litros de petróleo vazaram quando o navio italiano Mare Doricum descarregou petróleo cru em um dos terminais da refinaria La Pampilla, que a Repsol opera em Ventanilla, município de Callao, na região portuária que faz fronteira com a capital Lima.

Num primeiro momento, a Repsol informou que se tratava de um vazamento de cerca de 25 litros, menos de 1 barril, e que tinha sido provocada por ondas produzidas devido uma erupção vulcânica em Tonga. A empresa chegou a acusar o governo peruano de não ter emitido um alerta de tsunami.

Mas dias depois, a empresa elevou esse número para 6 mil barris, embora finalmente tenha calculado que seriam 10,4 mil barris, ainda menos do que a estimativa do governo peruano de 11,9 mil barris (1,9 milhão de litros).

Desastre ambiental

O vazamento poluiu 18 mil quilômetros quadrados de uma área de proteção ambiental com uma grande variedade de plantas e aves. Muitos animais morreram.

Segundo a ação, 700 mil peruanos foram afetados pelo desastre, muitos são pescadores. Cerca de 20 praias na região foram fechadas e dez empresas foram obrigadas a parar de trabalhar temporariamente.

De acordo com associações de pescadores, a Repsol havia pago uma ajuda de 120 euros até abril e uma indenização inicial de 780 euros a centenas de famílias.

A Repsol afirmou que as acusações da agência peruana são "infundadas" e "inadmissíveis". A empresa disse que, na ação, não foram levadas em consideração as causas do vazamento e nem a contribuição da petrolífera para o trabalho de limpeza da região.

cn (DW)