Olimpíadas Tóquio 2021: A evolução do nado sincronizado, ou natação artística
A natação artística é uma das somente duas modalidades praticadas exclusivamente por mulheres nos Jogos Olímpicos
28/03/2021 10h00
Apesar da curta história em Jogos Olímpicos, o nado sincronizado, ou natação artística, é uma modalidade praticada desde o século XIX na Europa. O então denominado "balé aquático", que teve como precursora mundial a australiana Anette Kellerman, porém, era visto apenas nos intervalos de competições da natação convencional, tardando a ser considerado como um esporte de fato.
Em moldes semelhantes aos atuais, a modalidade foi desenvolvida sobretudo por atuação da professora norte-americana Katherine Curtis. O nome "nado sincronizado", por sinal, teria sido atribuído apenas em 1934, na Feira Mundial de Chicago. E somente 40 anos depois, seria disputado o primeiro campeonato mundial sob regulamentação da FINA (Federação Internacional de Natação).
Demorou, mas chegou
A primeira aparição da natação artística em Olimpíadas foi na edição Helsinque 1952, na Finlândia, embora ainda como modalidade demonstrativa, sem contar medalhas para o quadro geral. O esporte só foi integrado oficialmente ao rol de esportes olímpicos nos Jogos de Los Angeles 1984, nos Estados Unidos.
Na atualidade, o nado sincronizado é disputado em duas categorias nos Jogos Olímpicos: Dueto, que consiste em performances em dupla, e Equipe, que são apresentações em grupos de quatro a oito atletas. Ambas as categorias obedecem a dois tipos de rotinas nas provas: a rotina técnica, em que os atletas seguem os movimentos obrigatórios estabelecidos pelos árbitros, e a rotina livre, estabelecida pela própria equipe.
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A hegemonia russa
Vale destacar que a natação artística é uma das apenas duas modalidades olímpicas praticadas exclusivamente por mulheres. A outra é a ginástica rítmica, que apesar de ser disputada em solo, possui muitos pontos em comum com o esporte aquático. O modelo de disputa é um deles, bem como a hegemonia russa no quadro de medalhas.
Potência mundial de nado sincronizado, a Rússia detém nada menos que 10 das 18 medalhas de ouro distribuídas pela modalidade, ao longo das nove edições de Olimpíadas que integrou oficialmente. Estados Unidos, Canadá e Japão também são países com tradição no esporte e sempre presentes nos pódios olímpicos. Ao todo, 26 nações foram representadas nas competições de Rio 2016, no Brasil.
Brasil em Tóquio?
O Brasil competiu nos Jogos Olímpicos de 2016, como país sede. Sem grande tradição no nado sincronizado, a seleção brasileira ainda não possui medalhas na modalidade e luta para, quem sabe um dia, integrar o grupo de potências do esporte.
Para Tóquio 2020, o país não terá representantes. Isso porque a dupla Laura Miccuci e Luisa Borges não conseguiu qualificação o suficiente no Pré-Olímpico Mundial de Barcelona.
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