O remo é uma das modalidades dos Jogos Olímpicos que existem há mais tempo na sociedade. Há, inclusive, relatos da prática em Eneida, famosa obra do poeta grego Virgílio, com possíveis corridas de barco a remo disputadas em regatas do Rio Nilo, no Egito, ainda em 19 a. C. Em outra versão, a consolidação do esporte teria ocorrido nos canais de Veneza, na Itália, já em 1274.
Fato é que os grandes responsáveis pela disseminação da modalidade foram os britânicos, que criaram o primeiro clube especializado da história, o Leander Club, em 1817. Popular Brasil desde o século XIX, o remo teve papel importante na história de tradicionais clubes de futebol, como Flamengo, Vasco, Botafogo, Corinthians, Sport, Vitória, Remo, Paysandu e muitos outros.
Desde 1900 nas Olimpíadas
Em 1892, seria criada a Fisa (Federação Internacional de Sociedades de Remo), formalizando ainda mais as competições, que não tardaram a ganhar o status olímpico. Na primeira edição da era moderna, em 1896, na Grécia, as Olimpíadas não contaram com competições de remo pela falta de condições climáticas adequadas ao esporte. A estreia, portanto, ocorreria apenas em 1900, em Paris (FRA).
Atualmente, a modalidade é composta por 14 categorias, sendo oito no masculino e seis no feminino. As regatas constituem-se por percursos de 2 km de extensão em linha reta. O tamanho dos barcos varia de 8,20 m até 19,90 m de comprimento, de acordo com o número de atletas no barco, que por sua vez varia de um a oito remadores, às vezes com a presença de um timoneiro.
EUA no topo
Em matéria de Jogos Olímpicos, ninguém conquistou mais medalhas no remo que os Estados Unidos, no topo do quadro geral com nada menos que 89 medalhas no total, com 33 de ouro, 32 de prata e 24 de bronze. Fecham o Top 5 a já 'extinta' Alemanha Oriental, com 48 medalhas (33 douradas), a Grã Bretanha com 68 (31), a Alemanha com 51 (23) e Romênia com 38 (19).
No masculino, o britânico Sir Steve Redgrave é considerado o maior remador de todos os tempos, tendo conquistado um total de cinco medalhas de ouro e uma de bronze em Olimpíadas, além de seis títulos mundiais. No feminino, o 'status' pertence à romena Elisabeta Lipa, ganhou cinco medalhas olímpicas de ouro, além de duas de prata e uma de bronze entre 1884 e 2004.
Brasil e o antigo sonho do primeiro pódio
Apesar da relação de longa-data com o remo, o Brasil nunca subiu no pódio olímpico, tendo como melhor resultado um quarto lugar na categoria Double Skiff Masculino (M2x), conquistado pelos irmãos Carlos e Edmundo Castello, em Paris 1924.
E o antigo sonho do pódio permanecerá vivo em Tóquio, com Lucas Verthein já garantido na disputa da categoria Single Skiff. O atleta do Botafogo, que é medalhista mundial e 36 vezes campeão brasileiro, conseguiu a vaga ao vencer o Pré-Olímpico Continental, disputado em março deste ano, no Rio de Janeiro.
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