A norte-americana e arremessadora de peso Raven Saunders fez a primeira manifestação durante as premiações dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ao subir no pódio para pegar sua medalha de prata na categoria feminina, ela ergueu os braços e cruzou os punhos sobre a cabeça.
Segundo a "Mulher Hulk", como Raven é conhecida, o gesto foi em prol dos oprimidos que lidam com fardos muito maiores dentro e fora do esporte. O "X" representaria o destino comum onde os oprimidos se encontram.
A atleta se pronunciou nas redes sociais a respeito do gesto, ao compartilhar uma notícia com a seguinte legenda:
Aos 25 anos, Raven é um dos cerca de 180 atletas LGBTQIA+ que competem na Olimpíada de Tóquio, segundo o site Outsports. Ela dividiu o pódio com a chinesa Lijiao Gong, que ficou com o ouro, e Valerie Adams, da Nova Zelândia, terceira colocada.
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"Grito para todos os meus negros. Grito para toda a minha comunidade LGBTQ. Grito para todos os meus funcionários que lidam com saúde mental. Para mostrar aos mais jovens que não importa em quantas caixas eles tentem encaixar você, você pode ser você e pode aceitar isso. As pessoas tentaram me dizer para não fazer tatuagens e piercings e tudo isso. Mas olhe para mim agora, e estou brilhando", discursou a atleta.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) ainda não se pronunciou sobre a manifestação de Raven. A entidade permitiu alguns tipos de protestos durante os Jogos, mas não poderiam ser manifestações políticas nas cerimônias de abertura ou encerramento, ou durante as disputas e no pódio.
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