Com 14 medalhas olímpicas em Tóquio até o momento, o Brasil ainda está distante do sonho de se tornar uma potência nas Olimpíadas. O motivo principal é a falta de investimento.
A medalha de bronze, conquistada nos jogos de Londres, em 2012, é um marco na vida da pugilista Adriana Araújo. No entanto, no caminho do pódio, ela lembra que encarou dez anos de sacrifícios para conseguir o dinheiro que garantia os treinos e as viagens para as competições.
“Eu fiz tudo isso para poder conseguir passagens e hospedagens. Fiz isso de 2000 até 2010. O mundial de 2008, o pan-americano em 2007 e o mundial de 2008 foram todos custeados por conta própria”, revela Adriana.
Leia Também: Espanha vence Japão e disputa final da Olimpíada de Tóquio contra o Brasil
Este ano, cada medalha brasileira conquistada em Tóquio também traz junto trajetórias difíceis. Para Rodrigo Paiva, professor da Faculdade de Educação Física de Sorocaba, a cultura do financiamento esportivo no país está invertida. O governo deveria democratizar o acesso ao esporte principalmente nas escolas e para todas as crianças.
Depois disso, quem se destacasse seria apoiado por empresas privadas e vestiria a camisa das marcas. Pessoas comuns também poderiam adotar os esportes, direcionando parte do imposto de renda a pagar.
“Você desonera o estado da formação do atleta, e essa conta não cai no estado a cada quatro anos. A gente deixaria de imputar essa conta no erário do estado e poderíamos cobrar mais as empresas parceiras”, comenta o professor.
Leia Também: Darlan Romani atinge marca de 21,31m e garante vaga na final do arremesso de peso
REDES SOCIAIS