Recentemente, o banimento de livros em escolas de todo o país e o movimento de 'cancelamento' de títulos por leitores nas redes sociais têm chamado a atenção para um tema controverso: a censura a obras literárias.
Um exemplo disso é o livro "O Avesso da Pele", do escritor carioca Jeferson Tenório, recolhido de uma escola no Rio Grande do Sul e por governos dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. A justificativa apresentada foi que a obra contém "linguagem imprópria para menores" e "conteúdo sexual".
Outros escritores brasileiros renomados também têm sido alvo de silenciamento por motivos variados. Nomes como Machado de Assis, Jorge Amado, Monteiro Lobato e até Ziraldo frequentemente se tornam alvo de polêmicas, principalmente nas redes sociais. No entanto, essa situação não é exclusiva do Brasil.
Nos Estados Unidos, por exemplo, um levantamento da Associação Americana de Bibliotecas revelou que, somente em 2023, 4.240 títulos foram retirados de circulação nas bibliotecas do país, quase o dobro do número registrado em 2022, quando 2.571 livros foram vetados.
Esse é o maior número desde o início do monitoramento, há mais de duas décadas. Para discutir esse assunto, o programa "Opinião" convida o autor e educador Ilan Brenman, além do autor e professor de literatura Ricardo Lísias. Também conversamos com o escritor Jeferson Tenório.
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