Há um século, no dia 2 de agosto de 2021, falecia em Nápoles, com apenas 48 anos, o tenor Enrico Caruso. Cem anos depois, o cantor, que já era um mito da ópera enquanto vivia, continua a ser ouvido e venerado.
No momento em que Caruso inicia sua carreira – passagem para o século XX – o teatro lírico italiano sofria grandes transformações, com o vigoroso surgimento do verismo, ou realismo na ópera, colocando em xeque o estilo maneiroso até então adotado pelos tenores. Caruso, embora oriundo da velha escola de canto, percebe instintivamente as mudanças e cria um novo paradigma: seu canto sensual, franco e direto, de novas sonoridades, indicará os novos caminhos desde então seguidos pelos tenores que o sucederão.
Se Caruso deve muito à indústria do disco – entre 1903 e 1920, ele registrou 247 faixas – a indústria deve tudo a Caruso, pois a partir dele o disco gravado deixou de ser uma curiosidade e se transformou num negócio imensamente rentável. Num momento em que a técnica ainda incipiente apenas engatinhava e falhava em capturar certas vozes, a voz de Caruso, com seus harmônicos, gravava excepcionalmente bem.
A Rádio Cultura FM, através de seu programa Bravo, presta homenagens ao grande tenor dedicando toda sua programação diária entre 2 e 6 de agosto aos discos e à memória de Enrico Caruso.
Bravo vai ao ar de segunda a sexta, às 16:00 pela Rádio Cultura FM de São Paulo (103,3 Mhz).
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