Ouça o programa completo:
O Pós-Punk é o tema deste Caixa Acústica, o estilo uniu a crueza do punk às novas influências sonoras e líricas. Bruno Ascari nos dá um breve histórico, “o Post-punk surge paralelamente com o punk na Inglaterra, ali em 75-76, com uma série de grupos que começam a explorar a música eletrônica e trazendo sonoridades mais sombrias também. Tudo tem um clima de introspecção, com letras que exploravam os sentimentos, buscando referências na arte modernista e na literatura, e também seguindo a veia política do punk. Bandas como o “Joy Divison”, a “Siouxsie And The Banshees”, “Devo”, “Talking Heads”, entre outras, são alguns exemplos que as bandas brasileiras ouviam e se inspiravam. Essa sonoridade pós-punk se desenvolveu de forma mais sólida em São Paulo, em casas noturnas como o Madame Satã e por meio de gravadoras como a Baratos Afins e a Wop Bop, mas a cena de Brasília também teve bandas do estilo”.
E é com Legião Urbana que a programação abre. Já no disco de estreia, lançado em 1985, a banda alcança a impressionante marca de 550 mil cópias vendidas, com ajuda dos clássico “Será” e “Geração Coca-Cola”.
De São Paulo vieram os “Voluntários da Pátria”, pioneiros do estilo no Brasil. Com influência de a “Gang Of Four” e “The Cure”, eles lançaram apenas um disco em 1984, mas impactaram o underground paulista inspirando outras bandas.
Outro nome muito influente do pós-punk nacional foram os cariocas do “Picassos Falsos”, cujo primeiro disco é de 1987 e fica popular com os singles “Carne e Osso” e "Quadrinhos", esta inclusive fez parte da trilha sonora do programa “Armação Ilimitada”, da TV Globo.
Para encerrar o programa com um nome atual, o RAKTA, grupo de São Paulo formado atualmente por a Carla Boregas (voz e baixo), Mauricio Takara (bateria) e Paula Rebellato (voz e teclado). Com uma sonoridade sombria e etérea, o RAKTA tem angariado fãs dentro e fora do Brasil.
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