A escrita visual do fotógrafo Miguel Rio Branco no IMS

Saiba mais sobre a mostra em uma entrevista de Cirley Ribeiro com Thyago Nogueira para o programa Estação Cultura:

O Instituto Moreira Salles apresenta mais de 200 obras de Miguel Rio Branco (1946), um dos mais respeitados nomes da fotografia brasileira contemporânea, em exposição em cartaz até maio de 2021. A mostra revisita a contribuição original do artista, que utiliza a fotografia como elemento básico de uma escrita visual, capaz de dar novos sentidos às imagens. Segundo o curador Thyago Nogueira, Rio Branco não utiliza a fotografia como ilustração. “Ele pega fragmentos de imagens, como um decote, uma cicatriz, ou uma víscera para tratar da dor, da solidão ou do erotismo, e imprime novos sentidos às fotos originais”, explica.

Intitulada Palavras cruzadas, sonhadas, rasgadas, roubadas, usadas, sangradas, a exposição retrata a construção de uma obra singular, marcada pela experimentação e pelo cruzamento de diferentes linguagens, como a pintura, a música e o cinema. Para Thyago Nogueira, Rio Branco “usa as fotografias como notas musicais, que associa em dípticos, trípticos e polípticos, como quem compõe os acordes de uma melodia visual”. Filho de diplomata, o fotógrafo cresceu entre Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e os Estados Unidos. Aos 73 anos, vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Para visitar a exposição é necessário agendar horário e seguir os protocolos de segurança contra a Covid-19.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.