Cidades estão despreparadas para meios de transporte não poluentes

Ouça a coluna completa de Mario Augusto:

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As cidades brasileiras não estão preparadas e não estão investindo na priorização de meios de transporte ativos e não poluentes.

Dados do Infosiga, plataforma estadual que monitora os acidentes de trânsito, apontam que a cada 4 horas um ciclista sofre acidente na Grande São Paulo. Entre 2019 e 2020, foram registrados quase 5 mil acidentes envolvendo ciclistas nas 39 cidades da região metropolitana, e o número de mortos chegou a 167. 63% dos acidentes aconteceram na capital paulista.

Apesar da importância da mobilidade urbana, as cidades brasileiras se mantêm hostis em relação àqueles que se locomovem de bicicleta. A situação é agravada pela desigualdade na oferta desse tipo de infra estrutura cicloviária. Segundo o Centro de Estudos da Metrópole da USP, pessoas brancas e de maior poder aquisitivo são as principais beneficiadas por essa rede na capital paulista.

De acordo com o estudo, regiões como Perus, Guaianazes e Cidade Tiradentes não contam com nenhum quilômetro dos 649,4 km de ciclovias e ciclofaixas atualmente disponíveis em São Paulo. Os pesquisadores sugerem a inclusão dos indicadores de desigualdade social para elaboração dos instrumentos de planejamento e gestão urbana.

Esse foi o tema da coluna desta terça-feira (24) do jornalista Mario Augusto, editor da TV Cultura e advogado especialista em direito ambiental. Confira a coluna na íntegra.

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