Os Willy Loman da pandemia

Ouça a coluna completa de Atilio Bari:

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Na coluna de Atílio Bari desta quarta-feira (13), Willy Loman é apresentado como a reflexão da esperança do sonho americano. O personagem fictício foi criado pelo dramaturgo norte americano Arthur Miller para a obra Morte de um Vendedor.

Na peça, Loman, de 60 anos, trabalhava há 34 anos na mesma empresa até ser dispensado inesperadamente. Sem entender o motivo criou uma realidade utópica, acreditando que qualquer tipo de emprego o levaria a realizar o sonho americano.

Atílio Bari recorre ao enredo para contar um episódio vivenciado nos últimos dias quando solicitou um serviço de delivery. Ele percebeu que o entregador era um senhor de 50 anos. Porém, quando fez novo pedido de entrega, já não era o mesmo senhor, mas sim um garoto.

Quando isso ocorreu, Atílio refletiu sobre o fato de milhares de crianças terem ficado sem aulas nas escolas públicas durante a pandemia, e sobre as consequências para o emprego num mercado que pede cada vez mais qualificações.

“As pessoas foram demitidas e milhares delas começaram a fazer doces, serviços artesanais e a trabalhar nos serviços de aplicativos de entrega e transporte”, complementa o apresentador, enfatizando o impacto da pandemia na vida dos brasileiros.

Idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona da TV Cultura, Atilio Bari participa do Estação Cultura todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e também assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã pela Cultura FM – 103,3Mhz, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.

*Estagiário sob supervisão da profissional habilitada Letycia Holanda - MTB: 63024/SP