As culturas sonoras em São Paulo nos séculos XIX e XX

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Sons do trânsito buzinas, obras da construção civil, eletrodomésticos, festas no vizinho, shows de música eletrônica, jogos no estádio de futebol e tantos outros ruídos fazem parte do cotidiano de quem vive em São Paulo. Muitos desses barulhos incomodam, são objeto de reclamações e até vão parar na Justiça.

O cotidiano de São Paulo já era recheado de sons no século XIX e no início do século XX, segundo título recém-publicado pela Editora Intermeios. Cidade (Dis) sonante, organizado pelo professor José Geraldo Vinci de Moraes, detalha os sons do período que já apontavam para a metamorfose da capital paulista: vozes de vendedores ambulantes, pregoeiros, bandas de música, latidos, relinchos e cacarejos de animais nas ruas. Somavam-se a essa cartografia as máquinas e equipamentos, assim como o comércio fonográfico e a cultura radiofônica.

Cidade (Dis) sonante – Culturas sonoras em São Paulo (séculos XIX e XX) é resultado de uma ampla pesquisa de professores do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e de outras áreas da universidade. O livro, publicado pela Intermeios, será tema de curso no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc a partir de 14 de março. As inscrições estão abertas.

O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Digital.