Luiz Antonio Simas conta a história do jogo do bicho pela fresta das culturas de rua e suas contradições
Em ‘Maldito invento dum baronete’, lançado pela editora Mórula, o professor sintetiza a história do jogo desde sua criação
03/07/2024 12h00
"O crime não faz o jogo do bicho ser proibido. É provável que a proibição tenha levado o crime ao jogo do bicho. Ele é proibido num contexto em que se atacava as ludicidades e práticas culturais de pretos e pobres no Rio de Janeiro”, explica Luiz Antonio Simas. O professor e escritor analisa o jogo do bicho no livro “Maldito invento dum baronete”, que acaba de sair pela editora Mórula, cruzando sua história com o mundo dos sonhos, a formação dos subúrbios cariocas e as culturas de sociabilidade das ruas.
Simas conta que a ideia central foi observar o jogo, criado pelo barão João Batista de Drummond em 1892, pelas frestas e com cuidado para não pender para os extremos. Nem a romantização excessiva nem tão somente o viés da criminalidade.
Em conversa que foi ao ar no Estação Cultura, Luiz Antonio Simas dá mais detalhes sobre o livro “Maldito invento dum baronete” – cujo nome é uma brincadeira com um verso do poema “A jogatina”, de Olavo Bilac, que odiava o jogo do bicho.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Digital e Cultura Play.
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