Assim caminha a humanidade: um épico texano

Ouça a coluna Atílio Bari desta semana na íntegra:

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Na coluna desta quarta-feira (10), Atílio Bari fala sobre o épico “Assim caminha a humanidade”, lançado em 1956 e dirigido por George Stevens. O filme conta a história de Bick Benedict (Rock Hudson), um rancheiro milionário do Texas que se casa com a refinada Leslie Lynnton (Elizabeth Taylor). Apesar do casamento, ela não se dá muito bem com a nova cunhada e, ao mesmo tempo, ganha a admiração do jovem ambicioso Jett Rink (James Dean), que se torna rival de Bick.

Atílio conta a trágica história de James Dean, um dos principais atores do filme, que morreu ainda jovem: “Ele vinha de dois grandes sucessos, que o elevaram à condição de grande revelação do cinema: Vidas Amargas, de Elia Kazan, e Juventude Transviada, de Nicholas Ray. Dean era um ator problemático, atrasava-se nas filmagens e colecionava atritos com a equipe. Não chegou a ver o filme terminado, morreu num acidente de automóvel, aos 24 anos de idade”.

Por fim, o colunista comenta a coragem do filme de abordar temas pouco recorrentes à época, como a valorização da mulher: “Há uma inferiorização da posição da mulher, relegada apenas a procriar, cuidar dos empregados da casa e obedecer a seus maridos, impedida de participar das conversas dos homens. Sem fazer discursos ou proselitismos, Leslie, a moça de Maryland, se opõe a tudo isso, e o filme denuncia com sutileza essa conjuntura da época”.

Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Play.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Cirley Ribeiro – MTB 832/SC