Ouça o programa completo:
Algumas personalidades da música popular brasileira são únicas e representam um aspecto muito restrito do vasto cenário musical brasileiro. Um exemplo é Maria Madalena Correia do Nascimento, cantora espontânea que não viveu da música, mas que representa um dos patrimônios imateriais do Brasil, a ciranda.
Lia de Itamaracá, como é conhecida, tem como modo de vida a dos pescadores de Pernambuco. Desde criança canta cocos, batuques, maracatus e cirandas na sua ilha natal. No final dos 1960 foi descoberta pela pesquisadora e cantora Teca Calazans que gravou “Quem me deu foi Lia”, chamando a atenção da crítica, inclusive do New York Times, que a chamou de “diva da música negra”. A importância da cantora pode ser medida pelas homenagens recebidas. Em 2004, medalha do mérito cultural. Em 2005, título de Patrimônio vivo de Pernambuco. E o dia da ciranda, comemorado no 12 de janeiro, dia de seu aniversário, ela que nasceu em 1944.
O Estúdio F focaliza a trajetória de Lia de Itamaracá, artista de raiz popular, com apenas dois discos gravados. O primeiro em 1977, “A rainha da ciranda”. O segundo em 2000, “Eu sou Lia”. No repertório, “Minha ciranda” e “Verde mar de navegar’, ambas de Capiba; “Ciranda de Lia” (Paulo Fernando Ferreira); temas de domínio público, entre eles “Janaína”; e uma homenagem de Paulinho da Viola à cantora, “Eu sou Lia”.
Estúdio F – momentos musicais da Funarte
409
Lia de Itamaracá
Quarta-feira, 03 de novembro de 2021, às 17 horas.
Apresentação: Pedro Paulo Malta
Estágio em Produção: Júlia Abe
REDES SOCIAIS