Na época da estreia do seu Réquem, em 1874, Verdi era conhecido quase que exclusivamente pela ópera. E mesmo não sendo um homem religioso – Verdi se dedicou a escrever em latim uma missa católica em homenagem aos mortos. Inicialmente, Verdi havia escrito um pedaço desta obra como parte de um projeto colaborativo para homenagear o compositor Rossini. Foi com o falecimento de um ídolo seu, o grande escritor e patriota italiano Alessandro Manzoni, que Verdi reuniu forças para levar adiante o trablaho e completar, assim, o seu Réquiem.
Estamos familiarizados com o dom infinito de Verdi para colocar a brilhante escrita vocal e orquestração a serviço do drama. Aqui, ele transformou o texto litúrgico em drama, com os solistas e o coro como personagens desta cena magistral. Se Verdi não era religioso é algo que pouco importa, o fato é que ele soube com o seu Réquiem pronunciar um clamor contra a inevitabilidade e a injustiça da morte.
O maestro Yannick Nézet-Séguin conduz a Orquestra e o Coro do MET na performance da missa fúnebre de Verdi. Os solistas Ailyn Pérez, Michelle DeYoung, Matthew Polenzani e Eric Owens encampam as sete seções principais: o “Introit e Kyrie”, o “Dies Irae”, o Ofertório, o “Sanctus”, o “Agnus Dei”, o “Lux aeterna” e o “Libera me”. O texto de abertura é “Senhor, conceda-lhes o descanso eterno” – ou seja, “requiem”, que significa “descanso”.
Metropolitan Opera
Domingo, dia 20, às 15h
Apresentação: Chico Carvalho
Confira a programação completa da Temporada 2021-2022:
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Metropolitan Opera House
Site oficial: metopera.org
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