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Suas primeiras obras, nos anos 60 e 70, eram seriais. Trabalhou no estúdio de música eletrônica do Museu Scriabin, onde teve contato com Sofia Gubaidulian, Alfred Schnittke e Edison Denisov, entre outros.
Paralelamente, criou um grupo de rock, Boomerang e compôs na época uma ópera-rock, Visões seráficas de São Francisco de Assis.
Aos poucos definiu-se pela estética minimalista derivada de Philip Glass e Steve Reich. Na década de 1980, escreveu praticamente só música religiosa. Naquela altura, Gidon Kremer e sua Kremerata Baltica começaram a gravar no ocidente suas composições. Nos últimos doze anos tornou-se mais conhecido, por causa do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014 de A Grande Beleza, cuja trilha utiliza sua composição As beatitutes.
Utopia symphony resultou de uma encomenda de Michael Tay em 2003, cinco meses depois de ter chegado a Moscou na condição de embaixador a República de Cingapura. “Eu tinha um objetivo, diz Tay: ‘modificar a imagem que os russos tinham de Cingapura como uma exótica ilha tropical. Martynov e a mulher visitaram Cingapura. O resultado é uma obra para narrador, coral e orquestra em duas partes e quase 50 minutos de duração, que envolve textos do Tao. Martynov é um eclético, usa pequenas células rítmicas como pêndulos unificadores do discurso musical, em geral bastante simples. O libreto foi adaptado do Tao te Ching e pretende reimaginar o conceito de utopia.
Vladimir Martynov
Utopia Symphony
Jun Hong Loh (violino). Coro e Orquestra Philharmonica de Londres. Reg.: ladimir Jurowski
- O programa Música Contemporânea vai ao ar aos domingos, às 22h da noite pela Rádio Cultura FM de São Paulo, 103.3. Curta nossa Página no Facebook.
- Apresentação: João Marcos Coelho
- Produção: Sonia Maria de Lutiis
- Estágiaria em Produção: Jessica Gomes
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